quarta-feira, 19 de maio de 2010

As diferentes abordagens científicas sobre o ser humano em sociedade.

CONCEITOS BÁSICOS da Sociologia e Antropologia – Ferramentas para pensar

SOCIEDADE: organização humanamente fundada ou sistema de inter-relações que articula indivíduos numa mesma cultura. Todos os produtos da interação humana, a experiência de viver com outros em torno de nós. Os humanos criam suas interações e, uma vez criados os produtos dessas interações, têm a capacidade ou o poder reverter sobre os humanos a fim de determinar ou limitar ações. Com freqüência, experimentamos a sociedade (organização humanamente fundada) como algo externo aos indivíduos e às interações que a fundam.

PRODUTOS DA INTERAÇÃO HUMANA – COMPONENTES DA SOCIEDADE

CULTURA: conjunto de tradições, regras e símbolos que dão forma a, e são encenados como,
sentimentos, pensamentos e comportamentos de grupos de indivíduos. Referindo-se principalmente ao comportamento adquirido, por oposição ao dado pela natureza ou pela biologia, a cultura tem sido utilizada para designar tudo o que é humanamente criado (hábitos, crenças, artes e artefatos) e passado de uma geração a outra. Nessa formulação, a cultura distingue-se da natureza e distingue uma sociedade da outra.

LINGUAGEM: um sistema de símbolos verbais através dos quais os seres humanos comunicam idéias, sensações e experiências. Por meio da linguagem estes podem ser acumulados e transmitidos através das gerações. A linguagem não é somente um instrumento ou um meio de expressão, ela também estrutura e molda nossas experiências do mundo e o que observamos ao nosso redor.

VALORES: idéias que as pessoas compartilham sobre o que é bom, mau, desejável e indesejável. Normalmente eles são muito gerais, abstratos e transcendem variações situacionais.

NORMAS: regras comportamentais ou padrões de interação social. Em geral derivam dos valores, mas podem também contrapor-se a eles, e servem como guias para julgamento dos comportamentos individuais. As Normas estabelecem expectativas que dão forma às interações.

“Cultura. Aqueles padrões de significado que qualquer grupo ou sociedade utiliza para interpretar e avaliar a si próprio e sua situação.” Bellah e outros, Habits of the Heart 1985:333

“Cultura. Um sistema adquirido e duradouro de esquemas de percepção, pensamento e ação, produzidos por condições objetivas, mas tendendo a persistir mesmo após uma alteração dessas condições.” Bourdieu, The Inheritors. 1979.

“Hábitos. Um conjunto de relações históricas ‘depositadas’ no interior dos corpos individuais sob a forma de schemata mentais e corpóreos de percepção, apreciação e ação.” Bordieu

“Cultura. O que significa agir segundo a própria cultura é, de modo geral, seguir as próprias inclinações assim como foram desenvolvidas pela aprendizagem com outros membros da própria comunidade. Hannerz, Soulside, 1969:177.

“Cultura. Refere-se ao repertório aprendido de pensamentos e ações, exibidos por membros de grupos sociais – repertórios [transmitidos] independentemente da hereditariedade genética de uma geração à outra.” Harris, Cultural Materialism, 1979:47

“Cultura. Veículos simbólicos de significado, incluindo crenças, práticas rituais, formas de arte, cerimônias, bem como práticas ... informais, tais como a linguagem, a fofoca, histórias e rituais da vida diária.” Swidler, “Culture in Action”, 1986:273

“Cultura. O cultural é a elaboração criativa, variada, potencialmente transformadora de algumas relações sociais/estruturais fundamentais da sociedade.” Willis, Learning to Labor. 1977:137

ORGANIZAÇÃO SOCIAL: O arranjo das partes constituintes da sociedade, a organização de posições sociais e a distribuição de indivíduos nessas posições.
STATUS: nichos e posições socialmente definidos (aluno, professor, administrador).
PAPEL: cada status porta um feixe de comportamentos esperados: como uma pessoa naquele status deve pensar, sentir, assim como as expectativas sobre como devem ser tratadas por outras. O feixe de de deveres e comportamentos esperados que se fixou num padrão de conduta consistente e reiterado.
GRUPO: duas ou mais pessoas interagindo regularmente com base em expectativas comuns sobre o comportamento dos outros; status e papéis interrelacionados.
INSTITUIÇÕES: padrões de atividade reproduzidos através do tempo e espaço. Práticas repetidas de forma regular e contínua. As instituições tratam com freqüência dos arranjos básicos de vivência que os humanos elaboram nas interações uns com os outros e por meio dos quais a continuidade através das gerações é alcançada. Os blocos básicos de construção das sociedades. As instituições sociais são como edifícios que vão sendo constantemente reconstruídos pelos próprios tijolos de que são feitos.
ESTRUTURA SOCIAL: A estrutura refere-se ao padrão numa cultura e a organização através da qual a ação social tem lugar; arranjos de papéis, organizações, instituições e símbolos culturais que são estáveis ao longo do tempo, muitas vezes despercebidos, cuja mudança é quase invisível. A estrutura tanto permite quanto restringe o que é possível na vida social. Se um edifício fosse uma sociedade, as fundações, as colunas de suporte e as vigas seriam a estrutura, que tanto constrangem quanto permitem os vários arranjos espaciais e os tipos de ambiente (papéis, organizações e instituições). Schemata e recursos (materiais e humanos) através dos quais as ações sociais tem lugar, são padronizados e institucionalizados. Incorporam tanto a cultura quanto os recursos da organização social.

Estrutura social. O conjunto organizado de relações sociais no qual os membros da sociedade ou do grupo estão diferentemente implicados. Comportamento e relações padronizados. “Arranjos padronizados de conjuntos de
papéis, conjuntos de status e seqüências de status podem ser mantidos para compreender a estrutura social.” Merton, Social Theory and Social Structure, pág. 370.

“Estrutura Social. Arranjos padronizados de conjuntos de papéis, conjuntos de status e seqüências de status conscientemente reconhecidos e em operação sistemática numa determinada sociedade, intimamente ligados às normas, políticas e sanções legais.” Turner. Drama, Fields and Metaphors, 237.

“Estrutura Social. Sistemas relativamente estáveis de relações sociais e oportunidades nas quais os indivíduos se encontram e por meio das quais são vitalmente afetados, mas sobre as quais a maioria não tem controle e cuja natureza exata normalmente desconhece.” Greenfield. Nationalism, pág. 2.

DESIGUALDADE: ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL: a divisão sócio-econômica da população em camadas ou estratos. Quando falamos em estratificação social, chamamos atenção para as posições desiguais ocupadas pelos indivíduos na sociedade. Nas sociedades tradicionais de grande porte e nos países industrializados de hoje, há estratificação em termos de riqueza, propriedade e acesso aos bens materiais e produtos culturais.
RAÇA: um grupo humano que se define e/ou é definido por outros grupos como diferente...em virtude de características físicas inatas e imutáveis. Um grupo socialmente definido com base em critérios físicos.
ETNIA: práticas culturais e pontos de vista de uma determinada comunidade, pelos quais se diferenciam de outras. Os membros de grupos étnicos vêem a si mesmos como culturalmente distintos de outros grupos da sociedade e são vistos como tal pelos outros grupos. Muitas características diferentes podem distinguir os grupos étnicos uns dos outros, porém, as mais comuns são a linguagem, a história ou a ancestralidade – real ou imaginada, a religião e os estilos de vestuário. As diferenças étnicas são completamente adquiridas.


Homem Mercadoria

Autor: ARNALDO JABOR
Origem do texto: Da Equipe de Articulistas
Editoria: ILUSTRADA Página: 5-8
Edição: Nacional Feb 13, 1996

Todos querem ser alguma coisa no mercado

Desenhos do cartunista Laerte mostram nossa vocação para nos transformarmos em objetos de consumo.
As pessoas querem ser coisas. De um tempo para cá, deram para isso. É um novo vício que se instalou com a economia de mercado. As coisas são mais felizes que os homens. As coisas não sofrem, são eficazes.
Tudo que o capitalismo quer são coisas que funcionem. Só nos resta copiar as mercadorias. Uma boa mulher de borracha inflável pode substituir uma namorada. Vi um anúncio numa revista masculina. O retrato da mulher inflável com legenda: "Needs no food nor stupid conversation" (não requer jantares nem papo furado). Marx e Freud chamaram isto, misturadamente, de fetichismo das mercadorias.
Em São Paulo, o caricaturista Laerte, no seu "strip" "Piratas do Tietê", desenha este fenômeno moderno que é o melhor reflexo da vida paulista nas águas sujas do seu rio. No seu traço, vem uma rara sociologia do cotidiano. Criou tipos-coisas geniais.
Um deles é o homem-catraca, outro é o homem-escapamento. A partir destes dois, andar nas ruas de São Paulo virou um pesadelo humorístico: todo mundo tem cara de coisa. A partir da idéia de partir de Laerte, inventei alguns tipos novos, além desses dois. Vejamos alguns:

-Homem-catraca - Gira para a direita ou para a esquerda, ou vice-versa. Podem ser oscilações políticas mas, normalmente, giram de acordo com os desejos dos outros. "Sim, senhor, por favor, por aqui, mais uma chance, entrada, saída, claro, sim, sim, sim, sim!" Nunca "não". "Não", só como "sim" ao contrário.

Exemplo: "Foi o senhor que veio pedir aumento?" "Não". Quanto mais azeitado, melhor salário. Não falo do homem-capacho. Nada disso. O homem-catraca vem com um mecanismo de "upgrading" chamado "dignidade aparente" que lhe tira qualquer ranço de humildade. Não confundir com o "puxa-saco". O sujeito pode ser catraca e dono de banco.

-Os puxa-sacos - Também vivem no mercado. Ganham poder ao inverso, fazendo o marketing do outro. Há puxa-sacos do Rio e de São Paulo. O típico puxa-saco de São Paulo é o puxa-saco "de resultados". Este puxa-saco tem um objetivo concreto, um contrato, uma assinatura, um favor. É diferente do puxa-saco romântico do Rio, que vai puxando o saco de todos sem motivo, por pura tradição colonial, por malandragem sem destino.

-Homem-escapamento - Por ele passam as ilusões perdidas. A energia dos processos acaba nele.Fumantes ou não-fumantes. São os intestinos da cidade, fazem as tarefas sujas. Não quer dizer que sejam pobres, o sujeito pode ser homem-escapamento e finalizar grandes projetos, por exemplo, na zona de Manaus. Um dos homens mais ricos da Índia domina o mercado de cremação de cadáveres no Ganges.

Mulher lanchonete - Rápidos amores, o McDonald's do sexo, fast fuck. Não confundir com prostituição, profissão pré-capitalista. É a mulher se adaptando ao Big Mac, querendo ser descartável, barata. É a mulher querendo ser aceita, virando a mulher ideal de consumo rápido. Forma um belo casal com os homens-pênis.

-Homem-pênis - A parte pelo todo. Na piada da infância, havia um sujeito chamado Ênis, que no colégio tinha o apelido de Aralho. Metonímias humanas. "Eu sou um pau, apenas." Isso nos dá a irresponsabilidade de um órgão sem corpo e sem culpa. Passaralhos, caralhetas, paus voadores, livres do amor e da ética. Bráulios e os anúncios contra a Aids estão popularizando nossos Aralhos. O homem virando um acessório, um "drive" do próprio pau, este sim, livre e só, como uma mercadoria.

-Homem-xerox - São capazes de escanear em segundos o que quer o outro que está diante deles. A sua infinita capacidade mimética se aguça mais a cada dia. Zeligs. "Sou o que queres. Copio o seu desejo".

São parecidos com as mulheres-objeto, centrífugas ou não.
-Mulher-centrífuga - Durante o Carnaval são vistas na plenitude. As mais tentadoras, os corpos mais aerodinâmicos, o bumbum mais rotativo na câmera da TV, mais rápidas, mais obedientes e também mais adaptáveis aos "aralhos voadores". Sorridentes, se oferecem como liquidificadores de carne em uma liquidação de verão. -Homem-internet - Não tem pai, nem mãe, nem filhos, nem amor, nem dada. Só um email.

Atendem pelo nome de hhh.yy/Eu. Em vez de uma nova vida, querem um novo "zip drive turbo".

-Pós-yuppie - Perderam a arrogância dos anos 80. Não usam mais suspensórios nem comem sushi com tanto orgulho. É aparência. O desencanto é apenas um acessório que acoplaram para disfarçar a eterna voracidade.

-Pós-perua - São pares dos pós-yuppies. Dividem-se em dois tipos. Perua light: usa calça jeans, mas não aguenta e põe um colarzinho de pérolas com blusa de seda. Perua hard: tem inveja da rainha Maria Antonieta e das putas. Quer ser as duas ao mesmo tempo. Poderosa e útil, rica e sensual mercadoria.
Enfeita-se de ouro e atrativos, acessórios de valor. Esta assume a condição muito anos 90 de autenticidade, ser livre, pós-ideologia e, por que não, cabeleira loura e parure de diamantes falsos imitando móveis Luís 15 etc... Estas imitam estilos de decoração. Há peruas barrocas, peruas Luís 15, peruas Renascença, peruas góticas, peruas pós-modernas, peruas chippendale. E a pós-moderna, que mistura todos os estilos.

-Homem-sanduíche - Todos nós, com pressa no engarrafamento, entre o esporro do patrão e a perda do cliente. a lista continua: drag queens, malandros-agulha, falsos otários, babaca hard, babaca soft, grosso-BMW, grosso-Monza, gilettes (hoje, bissexuais), bofes (ver peruas hard). Pardo passeante, por exemplo, só há no Rio: andam dia e noite na rua, de havaiana e calção. De noite, viram pardos ameaçadores. E há também a categoria final, onde estamos todos:

-Nós, os homens-pizza - Depois da falência das revoluções, todos ficamos conciliando nossas impotências. "Importências". Em nossos rostos ficam desenhadas nossas biografias, como tomates em pizzas. Todos nós. Há todos os tipos de cobertura, que vão desenhando em nossos rostos humilhações e feridas do cotidiano. Homens-mozarela, homens-calabresa, homens-margherita... Homens com catupiry.

O Homem em Equilíbrio

(1948) *Siegfried Giedion

A humanidade nunca possuiu muitos instrumentos para abolir o trabalho escravo. As promessas de uma vida melhor, todavia não tem sido mantida. Tudo o que temos para mostrar é nossa incapacidade de organizar não apenas nosso mundo, mas a nós mesmos.
O controle sobre nosso ambiente cada vez mais mecanizado exige que tudo fique subordinado às necessidades do homem - às necessidades humanas. A mecanização é uma agência para tanto - como a água, o fogo, ou a luz. Ocorre que ela é cega e sem direção própria. Como as forças naturais, o valor da mecanização para o homem depende de sua capacidade de usá-la ao máximo, enquanto simultaneamente se protege contra seus perigos inerentes. Mas porque a mecanização originou-se totalmente da mente do homem, ela é mais perigosa e menos facilmente controlada do que as forças naturais: ela reage nos sentidos e na mente de seu criador. Desde o primeiro momento, estava claro que a mecanização envolvia uma divisão do trabalho. Isso prosseguiu até o ponto em que, agora, está cada vez mais difícil para o homem controlar toda a situação surgida. Quando seu carro estraga, o proprietário raramente sabe que parte da máquina está causando o problema; um elevador trancado pode paralisar a vida em Nova York. O indivíduo tornou-se cada vez mais dependente de uma produção em grande escala e do funcionamento da sociedade como um todo, e os relacionamentos são mais complexos e interdependentes do que no período anterior.

Uma das razões de por que o homem contemporâneo é dominado pelos meios é porque seu poder de integração [social] atrofiou sob as pressões da aproximação fragmentadora e especializada do século XIX. Somente recentemente se tornou possível notar uma reconstrução gradual do uso de conceitos universais como a base para a pesquisa científica.Para funcionar, o organismo humano requer uma temperatura específica, uma situação específica de clima, ar, luz, umidade, e alimentação. Para preservar seu corpo em equilíbrio, o homem precisa de contato com a terra e com coisas que crescem. Para isso, o corpo humano é sujeito às leis da vida animal.

O organismo humano pode ser considerado como uma constante. Por outro lado, as relações entre o homem e o ambiente estão sujeitas à mudança constante. De geração para geração, de ano para ano, de instante para instante, elas estão em perigo contínuo de perder seu equilíbrio. Não pode haver um equilíbrio estático entre o homem e o seu ambiente, entre seu interior e sua realidade exterior. Por isso, nós não podemos nos entregar de forma alguma aos processos de ação e reação. Nós podemos somente experimentar as formas em que se cristalizam. As diferentes criações dos romanos, do homem medieval e do período barroco, por exemplo, demonstram as perpétuas relações de mudança entre a natureza interna do homem e seu mundo exterior.

Nenhum círculo fechado e nenhuma tendência padrão repetitiva existem para definir as constantes relações de ajuste do homem e do ambiente. Elas evoluem em curvas, nunca se duplicando.

Nossa época exige um tipo de homem que possa recriar um equilíbrio entre seu interior e sua realidade externa, que possa recuperar o controle sobre sua própria existência, equilibrando forças freqüentemente consideradas como irreconciliáveis. Este equilíbrio não pode ser estático. Deveria ser envolvido em mudança contínua, procedendo-se - como faz um dançarino de corda bamba - a uma série de pequenos ajustes capazes de manter um contrapeso entre nós e o espaço vazio: seria o homem em equilíbrio.
Para alcançar este equilíbrio, o homem deve estabelecer um contrapeso em quatro campos principais:1. Entre sua vida privada e sua vida comunitária. O homem deve discriminar entre o domínio reservado para a vida privada e as áreas da vida coletiva. Como nossa civilização deseja tão pouco um individualismo extremo ou uma esmagadora coletividade, o homem deve estabelecer um contrapeso entre os direitos do indivíduo e os direitos da comunidade. Hoje em dia existe não só uma falta de forma como também de conteúdo [nessa relação].

2. Entre seu método de pensar e seu método de sentir. O abismo do século XIX entre o pensar racional e a expressão emocional resultou na ascensão de uma personalidade dividida. Devemos recuperar o equilíbrio entre a razão e a emoção, entre a tradição e o desconhecido, entre a repetição do passado e a exploração do futuro, entre o temporal e o eterno.
3. Entre os diferentes campos do conhecimento. A abordagem do especialista, hoje, deve ser integrada com a perspectiva universal. Todas as novas descobertas e o seu desenvolvimento devem ser relacionadas com suas devidas implicações sociais.

4. Entre o corpo humano e as forças naturais. O organismo humano exige um contrapeso entre o ambiente orgânico e seus arredores artificiais. Totalmente separado da terra e dos processos naturais do crescimento, o homem nunca conseguirá alcançar o equilíbrio necessário para a [boa condução da] vida contemporânea.

Está na hora de tornarmo-nos humanos outra vez e deixar a medida humana governar todos os nossos projetos. O homem em equilíbrio que deve surgir é novo apenas em contraste com o de um período distorcido. Nele se expressam as demandas de uma época antiga e que devem ser satisfeitas nas condições de nossa época atual, se é para nossa civilização prevalecer.

A história não produz tendências repetidas. A vida de uma cultura é limitada ao tempo, exatamente como é a vida de um indivíduo. Tudo depende de o que é realizado dentro de um prazo determinado.

Tradução de Simone Link. Revisão de Francisco Rüdiger.
* "Man in equipoise". Publicado em Ekistics, no. 151. Notas extraídas com poucas diferenças de "Mecanização no Comando" ("Mechanization Takes Command").


Leia com atenção TODOS os textos desse módulo e, em breves palavras, aponte as principais semelhanças que você notou em TODOS textos desse módulo.
Em seguida, na mesma resposta, faça uma crítica pessoal sobre um dos textos que você leu.
OBS:- Você poderá escolher o texto que melhor o (a) agradou.
Se a resposta não estiver dentro das especificações acima, sua tarefa será ZERADA.

Repostas:


Os três são textos de reflexão, diante de cada acontecimento que envolve todo o ser existente, expondo diversas opiniões que definem a sociedade, o padrão de vida que escolhemos e que podemos ter, ressaltando nossos defeitos e qualidades.
Mas não concordo com o texto III que começa dizendo que “tudo que temos para mostrar é nossa incapacidade de organizar não apenas nosso mundo, mas a nós mesmos”.
Simplesmente defendo a sociedade, mesmo diante de tanta desigualdade, porque sei que existem pessoas que podem fazer a diferença e para manter o equilíbrio, não devemos generalizar dessa forma. Precisamos primeiramente acreditar em nós mesmos, não adianta questionar aqueles que não fazem nada para mudar o sistema. Sempre a mesma história, em busca dos direitos que temos, mas e depois que conseguimos o que tanto buscamos, a maioria não desvaloriza o que consegue?! Questionamentos em vão! Prefiro observar e agir, acreditando em mim e na minoria como uma parte que o mundo vai precisar manter para se estabilizar com o tempo.
O que eu mais achei interessante foi o texto II. Não que tenha me agradado por completo, mas realmente disse coisas reais, que vemos no nosso dia-a-dia. Pessoas querendo ser objetos, e dando mais valor a eles. De uma forma irônica, descreveu muita gente que já conheci, que ao invés de progredir, se acostumam cada vez mais a pensar como “tolos não pensantes”. Só pensam, não agem. Só são e não transformam.

Tamara Rubio Pauletto

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