segunda-feira, 20 de setembro de 2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Erro médico compromete Paciente.

No Hospital Particular de Lisboa, Fernando Castro foi vítima de uma terrível distração médica.
Ele tinha uma lesão no braço esquerdo, porém a operação foi feita no direito.
O chefe da equipe, foi capaz de questioná-lo, querendo saber a razão pela qual o rapaz não avisou no momento da cirurgia, que o procedimento era incorreto e a resposta foi simples: Ele estava sob anestesia geral, totalmente impossibilitado de dizer qualquer palavra.
Após a confusão, o cirurgião ainda perguntou se podia corrigir seu erro e operá-lo corretamente e é claro que Fernando recusou-se, abandonando o Hospital juntamente ao seu processo.
Nestes casos, as desculpas não servem de nada, mas infelizmente, os erros são comuns e fazem parte de nossas vidas.
Sabemos que Ser médico é lutar para recuperação de seu paciente, encontrar a cura e soluções para as diversas doenças e problemas que o mesmo possui, preservando a vida e a saúde.
Neste artigo não relata morte, porém hoje em dia é mais comum acontecer.
Então percebemos o quão irresponsável pode ser um profissional autorizado a prestar serviços relacionados ao corpo humano, além dos riscos que podemos sofrer para corrigir algo simples.
Será que tantos estudos e exigências, não valem de nada e só o que importa é um diploma comprado?


Tamara Rubio Pauletto

Artigo: Traumatismo Crânio-Encefálico

As Seqüelas do Traumatismo Crânio-Encefálico
(Resumo)

O Traumatismo é uma lesão que pode ser causada pela ação de um agente físico, químico ou biológico, sobre uma ou várias partes do organismo.
Quando causado na área encefálica, pode acarretar vários danos, principalmente paralisias e perda de movimentos.
O número de acidentes relacionados a este fator, vem aumentando de maneira absurda.
Nos Estados Unidos por exemplo, cem mil doentes, são vítimas desse tipo de trauma e sofrem graus variados de invalidez.
Mas não é esse o maior problema. A urgência é necessária, porém não ocorre de forma correta.
A assistência médica deve ser feita no momento do ocorrido, basta alguns minutos a mais de espera para que haja grandes conseqüências.
Alguns estudos foram feitos com jovens que tiveram o trauma, após um ano para a avaliação da presença de seqüelas.
Concluiu-se que o trauma grave estava mais associado com taxas de mortalidade ou vida vegetativa, do que com taxas de boa recuperação.
A grande maioria dos sobreviventes não procurou tratamentos adequados, como o da reabilitação física e mental, com fisioterapeutas e psicólogos, não obtendo resultados gratificantes.
O procedimento mais adequado nestes casos é manter seriedade sobre o assunto, buscando respostas e ajuda médica, pois o sofrimento que envolve o paciente e os familiares é enorme.


Fonte : http://boasaude.uol.com.br/lib/ShowDoc.cfm?LibDocID=3528&ReturnCatID=1780

Anatomia Humana

Portifólio sendo feito.
Tema Escolhido:

Síndrome do Túnel do Carpo
Dr. JoãoAris Kouyoumdjian
Síndrome do túnel do carpo é o nome referido a uma doença que ocorre quando o nervo que passa na região do punho (nervo mediano) fica submetido à compressão, originando sintomas característicos que serão descritos adiante.
Representa doença muito comum entre mulheres na faixa de 35 a 60 anos; pode ocorrer com menor freqüência fora dessas faixas de idade e também ocasionalmente em homens.
Os sintomas típicos são representados por dormência e formigamento nas mãos, principalmente nas extremidades dos dedos indicador, médio e anular; em quase 2/3 dos casos é bilateral. Caracteristicamente esses sintomas ocorrem durante a noite, fazendo com que as pessoas tenham que levantar, movimentar as mãos ou mesmo coloca-las em imersão de água quente; algumas vezes pode surgir dor em todo membro superior (mão, antebraço e braço); também são freqüentes as sensações de choques em determinadas posições da mão como segurar um objeto com força, segurar volante do carro ou descascar frutas e legumes. Com muita freqüência as pessoas imaginam que estão tendo "derrame" ou "problemas de circulação" procurando assistência médica especializada nessa área. Esses sintomas de dormência e formigamento podem melhorar e piorar ao longo de meses ou até anos, fazendo com que o diagnóstico preciso e correto seja retardado.
Na maioria dos casos essa compressão do nervo na região do punho ("nervo preso") deve-se a estreitamento no seu canal de passagem por inflamação crônica não especificada, tendões que também passam por esse canal. Em outros casos com menor freqüência podem existir doenças associadas comprimindo o nervo. É importante ressaltar que mulheres grávidas podem ter sintomas da doença ocasionados por edema ("inchaço") próprio da gravidez; na maioria dos casos os sintomas desaparecem após o parto podendo reaparecer muitos anos mais tarde. Algumas atividades profissionais que envolvem flexão contínua dos dedos (exemplo ordenha de leite) podem desencadear sintomas de compressão do nervo.
O diagnóstico da síndrome do túnel do carpo é baseado nos sintomas característicos e na comprovação da compressão do nervo por um exame chamado eletroneuromiografia; nesse exame os nervos do antebraço, punho e dedos são estimulados por choques de pequena intensidade sendo o resultado medido na tela do aparelho.
O tratamento para os casos de compressão leve (critério baseado no exame eletroneuromiográfico) pode ser inicialmente feito imobilizando-se o punho por "splints"; jamais o punho deve ser enfaixado pois pode piorar a compressão; também deve ser evitada qualquer medida fisioterápica nessa fase. Os "splints" são pequenas talas de material duro porém flexíveis, que são colocados desde a mão até o antebraço e fixados com velcro, podendo ser facilmente retirados e colocados. Os remédios ou infiltrações no local podem ser utilizados, porém são sempre paliativos ou seja não resolvem o problema definitivamente.
Nos casos em que o tratamento por imobilização falha ou naqueles nos quais o exame eletroneuromiográfico revela compressão mais grave do nervo devem ser submetidos à cirurgia. O objetivo da cirurgia é abrir o canal por onde o nervo passa, resolvendo o problema definitivamente na maioria dos casos. Quando o nervo fica comprimido muito tempo pode haver atrofia definitiva ("nervo atrofiado ou seco") com pouca recuperação mesmo após a cirurgia.

Dr. JoãoAris KouyoumdjianProfessor-Assistentede Neurologia eChefe do Setorde EletroneuromiografiaFaculdade de Medicinade São José do Rio Preto.Av. Bady Bassitt,3896.15025-000 - SãoJosé do Rio Preto, SP.



Fonte:

http://www.saudevidaonline.com.br/stc.htm

Resumo / Desenvolvimento Pessoal

Síndrome do Túnel do Carpo

Com base nas informações relatadas no texto, a Síndrome do Túnel do Carpo, é mais comum em mulheres na faixa etária entre 35 a 60 anos, mas acredito que hoje em dia, o número de casos em adolescentes vem aumentando.
Movimentos constantes com as mãos e algumas atividades profissionais que envolvem a flexão contínua dos dedos, acarretam a compreensão do nervo na região dos punhos, através do estreitamento do canal de passagem por inflamação crônica.
Doenças também afetam a região, mas este caso não é muito freqüente.
Os sintomas ocorrem geralmente no período noturno, no momento em que mais desejamos e precisamos descansar nossas mentes, sendo provenientes de dormência e formigamento nas mãos, principalmente nas extremidades dos dedos, causando certo desconforto e algumas vezes muita dor.
Com muita freqüência as pessoas imaginam que estão tendo um infarto, derrame, ou problemas de circulação, levando-as a procurar um cardiologista, por exemplo.
Mas a descoberta da doença é revelada apenas por um exame denominado eletroneuromiografia, onde os nervos da região são estimulados por choques de pequena intensidade.
Para que o tratamento seja feito, o primeiro passo é descobrir a gravidade em que a doença esta, caso seja mais leve, é necessário imobilizar o punho por “splints”- pequenas talas de material duro, porém flexíveis - colocados desde a mão até o antebraço.
Remédios também são eficazes mas não resolvem o problema definitivamente.
Em casos mais graves a cirurgia seria mais adequada e para isso ser feito, deve-se abrir o canal por onde o nervo passa.
Mesmo que o texto não tenha mencionado, a fisioterapia seria indicada após este processo.
Mas, o fato revoltante é que a ausência de informação existente na sociedade, sobre certos tipos de doenças, faz com que algumas pessoas deixem de lado o tratamento, não porque querem, mas por falta de conhecimento e aquilo que começa de maneira sigilosa, termina agravante.
Nesta Síndrome citada, o nervo não pode ficar muito tempo sendo comprimido, pois resulta em uma atrofia, onde a recuperação não possui uma resposta positiva, como qualquer outra enfermidade que não é cuidada desde o início.
Diria que é sempre bom informar-se o quanto antes e se comprometer em realizar exames médicos, mesmo sem indícios de patologias sempre que possível.

Genética Humana

Os Temas que estamos estudando são:
  • Alterações Cromossomicas;
  • Divisão Celular e Gametogênese;
  • Estrutura do DNA;
  • Herança Sanguínea;
  • Mecanismos de Herança;
  • Replicação DNA;
  • Transcrição e Tradução.

Não posso ficar disponibilizando a matéria dada, pois não tenho autorização, mas para quem quiser ter uma base referente a Genética, estes assuntos são primordiais, pelo menos no curso de Fisioterapia.

Poderia fazer alguns artigos relacionados, porém não estou com tempo, muito trabalho na Faculdade, nunca pensei que fosse tão corrido!

Mas esto adorando e me esforçarei ao máximo pra realizar meus sonhos, independente das dificuldades que estão por vir...

Mediadores Externos e Internos

Guarulhos, 26 de agosto de 2010.

Mediadores Externos e Internos, o que são?!

Mediadores externos:
Meios que nos ensinam, transformam, influenciam em nosso processo de desenvolvimento, através de instrumentos ou signos, como nossos professores (instrumentos), nossos pais (instrumentos), livros (signos), internet (signos), etc.
Mediadores Internos:
São aqueles desenvolvidos por nós mesmos, através dos ensinamentos que tivemos por instrumentos e signos, transformando-nos em seres mais independentes, onde conseguimos compreender aquilo que exercemos de forma mais clara e objetiva.
Este processo ocorre após os Mediadores externos, pois dependemos deles primeiramente para adquirirmos certa adaptação e futuramente, construirmos em nós mesmos hábitos, costumes, para realizar tarefas sem orientações, como tomar banho, fazer comida, trabalhar, enfim...
Exemplificação:


Minha lista com meus Mediadores externos e Internos
Mediadores Externos:

  • Minha família;
  • Meus professores;
  • Meus Livros.


Mediadores Internos, dos acima citados, respectivamente:

  • Compreensão do certo e errado, fazendo-me perceber que o carinho e o amor, agem influenciando-me a tomar certas atitudes com respeito e compaixão. Também estiveram desde o começo de minha Vida, me orientando e ajudando a realizar certas tarefas, como andar, falar, entre outras;
  • Ensinam-me desde o início a escrever, ler, exercer certos tipos de atividades para no futuro usá-las da maneira correta, para conseguir um Trabalho, por exemplo, através do conhecimento e oportunidade que me “ofereceram” de compartilhar suas qualidades;
  • Mostraram-me que contos de fadas podem existir e ninguém pode me impedir de sonhar, nem me fazer desistir dos meus reais objetivos, por mais complicados e “diferentes” que sejam. A leitura também facilita, com o tempo, no entendimento de certos tipos de textos, ajudando no desenvolvimento pessoal.


Tamara Rubio Pauletto, Fisioterapia

VYGOTSKY - Interações Sociais e Desenvolvimento Humano

VYGOTSKY· Nascido em1896 na cidade de Orsha, na Bielo-Rússia; · Família judaica abastada; clima intelectualizado;· Quando jovem, tinha como passatempo colecionar selos, jogar xadrez e trocar correspondências em esperanto;· Educação formal realizada em casa, por tutores particulares;· Aos 15 anos ingressou em colégio particular e realizou os dois últimos anos do curso secundário, formando-se em 1913;· Direito na Universidade de Moscou, formando-se em 1917;· Simultaneamente freqüentou cursos de história, filosofia, psicologia e literatura;· Medicina parte em Moscou e parte em Kharkov.VIDA E OBRA· Atuou como professor e pesquisador nas áreas de psicologia, pedagogia, filosofia, literatura, deficiência física e mental, atuando em diversas instituições de ensino e pesquisa, ao mesmo tempo em que lia, escrevia e dava conferências;· Trabalhou na área da Pedologia (ciência da criança que integra aspectos biológicos, psicológicos e antropológicos);· Casou-se em 1924 com Rosa Smekhova com quem teve duas filhas;· Vygotsky, Luria e Leontiev formaram um grupo de jovens intelectuais da Rússia. Procuravam uma Psicologia que atendesse as idéias do sistema.IDÉIAS BÁSICAS· O cérebro é um sistema aberto, cujo funcionamento são moldados ao longo da história da espécie e do desenvolvimento individual;· O homem transforma-se de biológico em sócio-histórico, num processo em que a cultura é arte essencial da constituição da natureza humana;· Desde o início da vida profissional, procurou o desenvolvimento de uma nova ciência do homem, entregando-se à construção do conhecimento psicológico como se fosse uma causa;· Sua determinação, permitiu que ele convivesse com massacres, a guerra da Rússia contra a Alemanha e a Áustria, pressões políticas, críticas acadêmicas e sua doença;· Morre em 1934 de tuberculose aos 38 anos, doença que enfrentou por quatorze anos.MEDIAÇÃO SIMBÓLICANeste texto vocês conhecerão alguns dos principais conceitos da obra de Vygotsky os quais permitem entender de que forma as relações interpessoais estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento humano. Para tanto partiremos do conceito de Mediação. Este conceito é um dos pilares da obra de Vygotsky, o qual por ter nascido em Leningrado, vivido a revolução de 1917 (que unificou a antiga URSS) e ser um estudioso da obra de Marx tem nesse autor sua fonte de inspiração . A influência dos conceitos marxistas se faz presente na obra de Vygostky em vários momentos, sendo justamente por uma analogia ao conceito de instrumento utilizado por Marx para entender a relação homem – mundo que Vygotsky constrói o conceito de mediador.Na teoria de Marx, o homem quando se relaciona com a natureza o faz de uma maneira direta ou indireta. Vejamos por exemplo um homem tentando derrubar uma árvore, ele pode fazê-lo de uma maneira direta, usando a força de seus braços, isto é, sem a ajuda de nenhum instrumento, o que obviamente seria muito custoso, mas esse mesmo homem pode usar um instrumento, por exemplo um serrote ou uma moto-serra, ou qualquer outro que sua cultura tenha produzido. Dizemos então que, a relação desse homem com a natureza está sendo mediada por um instrumento construído com a tecnologia que sua sociedade armazenou durante séculos. A relação desse homem com a árvore deixou de ser direta e passou a ser indireta . Este modelo, presente na obra de Marx, é trazido por Vygotsky para a psicologia para explicar as relações humanas. Vejamos como isto acontece.Vygotsky parte do princípio que nascemos dentro de uma cultura estruturada com valores, crenças, modos de relacionamento, etc. Esta cultura a princípio é externa ao indivíduo, mas no momento em que nasce este bebê já é visto e tratado pelos seus pais e por todos os membros daquele grupo social de acordo com as normas daquela cultura, o que marcará profundamente este novo ser e o transformará em membro daquele grupo. Para exemplificarmos vamos pensar em um bebê que nasça agora no Alto Xingu e em outro que esteja nascendo neste momento em São Paulo, em um hospital freqüentado pela classe média. Obviamente que ao nascer estes bebês biologicamente serão muito parecidos , mas o próprio ato de nascer, o significado do nascimento, os rituais e as expectativas sociais serão bastante diferentes e imprimirão em ambos marcas culturais também muito diferentes.O bebê nascido em São Paulo passará a dormir em um berço dentro de um quarto, muito provavelmente cercado de móbile e alguns brinquedos, enquanto que o nascido no Xingu terá outras experiências tão ricas e válidas como o do bebê nascido em São Paulo, mas isto se dará de acordo com os padrões daquela cultura. Voltando ao “nosso bebê” ele a princípio terá experiências diretas com os objetos que o cercam como por exemplo esticará a mão e tentará pegar um chocalho que está próximo a ele. Dizemos que isto seria uma relação direta: bebê-chocalho; mas nem sempre isto seria possível, em outras ocasiões o objeto estaria longe do seu alcance e ao ver a cena a mãe daria o objeto ao bebê, nesse momento diríamos que a relação foi mediada pela mãe que assistia a cena. A essa relação daríamos o nome de relação indireta.: bebê- mãe- chocalho. Podemos dizer que para Vygotsky há dois tipos de relações: as diretas e as indiretas, isto é , as que usam e as que não utilizam de mediadores. Nas palavras de Oliveira (2006) Mediação em termos genéricos ,é o processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação; a relação deixa de ser direta e passa a ser mediada por esse elemento. (p. 26).Para Vygotsky as relações podem ser mediadas por instrumentos ou por signos, por exemplo em uma outra situação que o nosso bebê agora mais crescido utilize uma espada de brinquedo para alcançar uma bola que estivesse fora de seu alcance , ele estaria utilizando um instrumento como mediador , mas em um outro momento em que fizesse uma marca na bola para diferenciá-la da bola de seu amigo ele estaria utilizando um signo.O uso de signos é o grande diferencial entre o homem e os demais animais, visto que muitos, como o macaco, podem utilizar instrumentos para alcançar objetos, porém não podem planejar ações e nem utilizar instrumentos se eles estiverem fora de seu campo de ação.Oliveira (2006) coloca que nos seres humanos ao longo da vida os mediadores vão se internalizando e os sistemas simbólicos vão se desenvolvendo de forma a organizar signos em estruturas complexas e articuladas .Mas de que forma a cultura é reconstruída dentro do indivíduo? Se voltarmos ao nosso bebê, vamos encontrá-lo sendo banhado por sua mãe. A princípio o tomar banho não é uma necessidade do bebê.. Ele toma banho diariamente por que em nossa cultura isto é um valor. Após muitos anos de insistência da mãe (mediação externa) a respeito da importância do banho diário, vamos reencontrar nosso bebê , agora transformado em um adolescente que fica “horas “ no banho apesar dos apelos da família e da mídia para economizar água. O que aconteceu com ele? Ele agora tem o banho diário como um valor, a necessidade do banho como um mediador interno. Não é mais necessário que ninguém o lembre dessa necessidade. Isto se tornou algo intrinsecamente necessário em sua vida. Algo fruto de uma relação a princípio interpessoal: mãe-bebê com uso de um mediador externo (a fala da mãe sobre a necessidade do banho), a qual transformou-se numa relação intrapessoal , ele com ele mesmo , cujo mediador está internalizado.REFERÊNCIASMACIEL, I.M. Vygotsky e a construção sócio-histórica do desenvolvimento. In: MACIEL, I.M. (Org.). Psicologia e educação: novos caminhos para a formação. Rio de Janeiro: Ciência Moderna, 2001. (p.59-78). OLIVEIRA, M. M. K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 2006. (p.17-40)VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Interações Sociais e Desenvolvimento Humano - Professora Mara Poltronieri

Relevância de uma perspectiva histórico-social para a compreensão do desenvolvimento humano.

CONCEITUANDO AS TEORIAS INATISTA, AMBIENTALISTA E INTERACIONISTA1. O Desenvolvimento Humano na Concepção InatistaSegundo o Dicionário Aurélio (1989), inato significa algo que nasce com a pessoa; congênito; nativo; nato.A teoria inatista compreende que as capacidades básicas do ser humano como a personalidade, potencial, valores, hábitos, crenças, pensamento, emoção e o conhecimento, encontram-se prontos no momento do nascimento, isto é, a pessoa nasce com um potencial que depende do amadurecimento para se manifestar. (MULTIRIO, ONLINE).Abreu (online), coloca que o inatismo está fundamentado na filosofia racionalista e idealista:Racionalismo: o caminho para se chegar ao conhecimento é por meio da razão, concebida como inata, imutável e igual para todos os homens.Idealismo: o real se confunde com o mundo das idéias e significados. “Dar realidade às idéias, oferecer respostas ideais (de idéias) às questões reais.” (NUNES, 1986, p. 25 APUD ABREU, ONLINE)Para o inatismo, o homem não é influenciado significativamente pelo seu meio social. Uma vez que já nasce pronto e acabado, o que vem após não é importante.Abreu (online) coloca:O ser humano, concebido como biologicamente determinado, remete a uma sociedade harmônica , hierarquizada que impossibilita a mobilidade social, embora o discurso liberal a afirme.Nessa perspectiva temos uma sociedade capitalista que valoriza o individual em detrimento do social, gerando competitividade, acirrando as diferenças de classe, gênero e etnia.Na concepção inatista, o desenvolvimento é fundamentado na idéia de que ao aprender, o homem aprimora aquilo que já é inato, avançando assim no seu processo de vir-a-ser, no seu desenvolvimento – a aprendizagem depende do desenvolvimento.2. O Desenvolvimento Humano na Concepção AmbientalistaEnquanto o inatismo afirma que nascemos trazendo em nossa inteligência não só os princípios racionais, mas também algumas idéias verdadeiras e, que por isso, são idéias inatas. O empirismo, ao contrário, afirma que a razão, com seus princípios, seus procedimentos e suas idéias, é adquirida por meio da experiência.A concepção ambientalista de ser humano está fundamentada na filosofia empirista.Para Abreu (online) “no ambientalismo o ser humano é considerado uma folha em branco, que será moldada pelos estímulos do ambiente. O ser humano é produto do meio em que vive, do condicionamento que recebe.”Segundo o mesmo autor, o ambientalismo compreende a sociedade como meio ambiente organizado, que proporciona a experiência enquanto fonte de conhecimento. A aprendizagem e o desenvolvimento ocorrem simultaneamente e podem ser tratados como sinônimos. Sob essa visão, o desenvolvimento é compreendido como o acúmulo de respostas aprendidas e, o que se aprende, resulta em mudanças de comportamento. O ambientalismo supervaloriza o ensino, enquanto técnica a ser transmitida, pois uma vez que o ser humano é considerado uma folha em branco, deve receber um número de informações necessárias para desempenhar a sua futura função social.Finalizando, o homem aprende por meio de informações fornecidas pelo meio externo (receptor passivo). A realidade será transmitida ao indivíduo por meio da educação formal (escola, igreja e família). O mundo é externo ao indivíduo e, aproximando-se desse mundo, o homem irá adquirir instrumentos para melhor compreensão e domínio do mundo que o cerca nos aspectos físico, social, científico, etc...3. O Desenvolvimento Humano na Concepção InteracionistaO interacionismo sustenta que o desenvolvimento do comportamento humano é uma construção resultante da relação do organismo com o meio em que está inserido. Essa teoria valoriza igualmente o organismo e o meio.Rego (online), refletindo sobre a concepção sócio-interacionista de Vygotsky, coloca que a cultura é parte da natureza humana. Nessa concepção, integrada aos pressupostos do materialismo-dialético, o biológico e o social não estão dissociados, mas sim exercem influência recíproca. O desenvolvimento humano é compreendido como um processo de apropriação do sujeito da experiência histórica e cultural. Nesse processo, o homem internaliza a cultura, a transforma e intervém em seu meio – o homem transforma e é transformado nas relações produzidas em uma determinada cultura. A autora explica:O que ocorre não é uma somatória, nem tampouco uma justaposição entre os fatores inatos e os adquiridos e sim uma interação dialética que se dá, desde o nascimento, entre o ser humano e o meio social e cultural que se insere. ... As características do funcionamento psicológico tipicamente humano são construídas ao longo da vida do indivíduo através de um processo de interação do homem e seu meio físico e social, que possibilita a apropriação da cultura elaborada pelas gerações precedentes, ao longo de milênios. (REGO, ONLINE).Nessa concepção, o aprendizado é imprescindível na formação do desenvolvimento humano, uma vez que as conquistas individuais como as informações, valores, habilidades, atitudes, etc... são o resultado do vínculo do homem com outros elementos de sua cultura. ReferênciasABREU, A. Inatismo. Disponível em: www.albertoabreu.wordpress.com/2006/07/18/inatismo/. Acesso em: 05 de jun. 2008.ABREU, A. Ambientalismo. Disponível em: www.albertoabreu.wordpress.com. /2006/07/18/ambientalismo/ Acesso em: 05 de jun. 2008.FERREIRA, A.B. de H. Minidicionário da língua portuguesa. 2.ed. rev.e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989.PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO – SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. A abordagem inatista e o desenvolvimento do indivíduo. Disponível em: http://www.multirio.rj.gov.br./cime/ME31/ME31_001.html. Acesso em: 05 de jun. 2008.REGO, T.C.R. A origem da singularidade do ser humano: análise das hipóteses de educadores à luz da perspectiva de Vygotsky. Disponível em: www.educacaoonline.pro.br/a_origem_da_singularidade.asp?f_id_artigo=296. Acesso em: 05 de maio 2008

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A partir dos conceitos apresentados em sala de aula, construa uma análise crítica utilizando como referência o texto complementar "A razão: inata ou adquirida?"


Guarulhos, 19 de agosto de 2010.


“Nasci sabendo ou não sabendo?! Eis a questão!”

As idéias apresentadas no texto são totalmente contraditórias.
Minha idéia em particular é que a junção das duas coisas seria o mais correto.
Já descarto o fato de que ao morrermos nossas Almas vão para algum lugar onde são adquiridos conhecimentos, para realizarmos nossas vontades egoístas de reencarnar possuindo dinheiro, fama ou sabedoria. Isto sim é uma Idéia Fictícia!
Quem somos nós para escolher nosso destino, antes mesmo de Deus nos conceder a vida?!
Creio que temos a capacidade de aprender coisas que alguns animais, jamais exerceriam, como falar, escrever, ler...
Mas precisamos primeiramente adquirir Conhecimento.
Uma criança ao nascer, não sabe fazer nada disso.
Se fossemos seres tão inatos, ao vir ao mundo, entenderíamos tudo ao nosso redor.
Dependemos de cuidados, de orientações, envolvimento humano.
A história de Kamala seria uma grande revelação de como o meio que nos envolve, nos sustenta e conduz a desempenhar certos tipos de tarefas.
Ela vivia entre Lobos e conseguiu sobreviver, mas o diferencial é que possuía as mesmas semelhanças, como andar de quatro, comer carne podre, uivar...
Após ser encontrada e recolhida por uma instituição, demorou cerca de seis anos para aprender a comunicar-se, locomover-se corretamente, possuir atitudes afetivas, enfim, Humanizar-se.
É estranho pensar em possibilidades como esta, mas é completamente coerente.
A sociedade onde convivemos, desenvolve em nós costumes e podemos perceber que nem todos são culpados por matar, roubar, cometer atos violentos. Às vezes no passado, estes indivíduos foram instruídos e “programados” apenas para isto.
As informações ao nosso redor são inteiramente importantes para um gratificante desenvolvimento.
Creio que o pior fato de não entender o que é real ou irreal, é saber que nem todos conseguem se aquecer com o brilho do Sol.
Tantas pessoas estão perdidas no mundo, vivendo humilhadas, sem condições para manter a esperança de que tudo pode mudar, enquanto alguns buscam respostas em coisas tão pequenas.
A única solução de salvar nosso planeta, seria nada mais nada menos que possuirmos a educação certa e o direito de aprendermos o bem, para manifestá-lo e evoluirmos.
E chegando nessas conclusões percebo que possuo mais um conceito “empirista”, onde a folha branca que possuímos em nossas mãos, poderá tornar-se um lindo desenho, se nos dedicarmos e esforçarmos.

Tamara Rubio Pauletto - Fisioterapia

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Terminologia ultilizada na UTI

Termos utilizados em Unidade de Terapia Intensiva:
Bipap: Aparelho utilizado para suporte a respiração de forma não invasiva, utilizando máscaras nasal ou facial, para evitar a necessidade de intubação. Utiliza-se dois níveis de pressão - IPAP e EPAP.
Bomba de infusão: Equipamento utilizado para infundir medicamentos e soluções com precisão e segurança.
Capnógrafo: Equipamento utilizado para aferir o gás carbônico (CO²) expirado de nossos pulmões. O equipamento capta o CO² pois é interposto entre o tubo traqueal ou traqueostomia do paciente e o ventilador mecânico.
Cateter de Swan-Ganz: Tipo de cateter instalado no lado direito do coração, e utilizado para medidas diretas de pressões e determinação do débito cardíaco, permitindo um melhor controle da evolução clínica do paciente, facilitando as decisões terapêuticas. Utilizado também para aferir a PVC contínua.
Cateter venoso central e intracath: Cateter introduzido em veias centrais (mais profundas), permitindo a infusão de soros, medicamentos em grandes quantidades e monitoração de pressões.
Choque: situação em que a circulação dos órgãos é prejudicada, geralmente acompanhada de queda da pressão arterial.
Choque séptico: situação em que a circulação dos órgãos é prejudicada, geralmente acompanhada de queda da pressão arterial. Decorre de uma infecção instalada em um ou mais órgãos, e que pode se espalhar por todo o organismo.
Coma induzido: Expressão utilizada para descrever a condição de alteração da consciência pelo uso de drogas sedativas.
Desmame da ventilação mecânica: Procedimento de gradual retirada do suporte oferecido pelo respirador mecânico. Poderá durar algumas horas ou vários dias.
Desmame difícil: Condição clínica em que existem dificuldades para interrupção do suporte com ventilação mecânica, relacionada à gravidade da doença atual e reserva funcional respiratória prévia.
Derrame Pleural: excesso de líquido no espaço pleural. O espaço pleural é um espaço virtual, habitualmente preenchido por 50 ml de líquido. Este espaço fica entre a parede interna da caixa torácica (revestida pela pleura chamada de parietal) e o pulmão (revestido pela pleura pulmonar). Várias causas podem causar desequilíbrio na produção e absorção contínua deste líquido pleural. Quando isso ocorre, o líquido se acumula e acaba comprimindo o pulmão. Se for um derrame pleural muito volumoso, pode afetar a capacidade de respirar do paciente. O tratamento dependerá da causa que levou ao acúmulo e muitas vezes implicam em punção e drenagem do líquido para alívio.
Diálise: Método de substituição da atividade renal, permitindo a retirada de substâncias tóxicas ao organismo e remoção de líquidos, não eliminados pela falta de diurese (urina). Poderá ser feita a filtragem direta do sangue (hemodiálise), ou indiretamente utilizando-se a membrana peritoneal (diálise peritoneal).
Drenos: Tubos colocados em feridas operatórias ou cavidades, para drenagens de hematomas e outros líquidos orgânicos.
Encoprese: Transtorno caracterizado por emissão fecal repetida, involuntária ou voluntária, habitualmente de consistência normal ou quase normal, em locais inapropriados a este propósito, conforme o contexto sócio cultural do paciente. Pode ser uma persistência anormal da incontinência infantil normal, ou perda de continência após a aquisição do controle intestinal, ou ainda de emissão fecal deliberada em locais não apropriados a despeito de um controle esfincteriano normal. A encoprese pode constituir um transtorno isolado, ou fazer parte de um outro transtorno, um transtorno emocional, ou transtorno de conduta.
Assim deve-se investigar 3 situações: - Encoprese funcional, psicogênica e diferenciar com incontinência fecal de origem orgânica.
Equipe multidisciplinar : Reunião de diferentes profissionais (médico, enfermeiro, fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, fonoaudiólogo,etc...) com objetivo comum na recuperação de pacientes graves.
Escaras: São feridas que surgem em pacientes graves, principalmente nas regiões sacral, quadril (trocânter) e tornozelos (maléolos), decorrentes do comprometimento da circulação local. Várias estratégias de prevenção são implementadas, como: mudanças de decúbito (principalmente), utilização de cremes e medicamentos e uso de colchões especiais.
F.A.: Fibrilação Atrial é uma arritmia (irregularidade no batimento do coração), que pode ser aguda ou crônica. Em sendo aguda, deve ser revertida na maioria dos casos. No caso das crônicas, geralmente o paciente convive bem com a arritmia, estando, na maioria das vezes, contra-indicada sua reversão.
Fisioterapeuta: Profissional responsável pela reabilitação de órgãos e sistemas que sofreram grave disfunção. Na UTI geralmente realizam-se fisioterapia motora e respiratória.
Fisioterapia respiratória: Conjunto de procedimentos e manobras executados para manter a integridade das vias aéreas e pulmão, além de participar ativamente na ventilação mecânica e desmame da mesma.
Gasometria Arterial: É um exame de sangue, que pode ser colhido em artéria (gasometria arterial) ou veia, (central próxima do coração) ou periférica (nos membros) (gasometria venosa). Tem por objetivo revelar valores da pressão parcial de gás carbônico e oxigênio, revelar o pH do sangue (que indicará a acidez ou alcalinidade do mesmo) e o valor do Bicarbonato, uma importante substância do sistema de regulação da acidez e alcalinidade do nosso corpo. Informa também o valor da Saturação da Oxi-hemoglobina: ou seja, quanto à hemoglobina, que é uma molécula que carrega o oxigênio pelo sangue até as células, está ligada a ele ou não.
Infecção Hospitalar: Termo utilizado para descrever as infecções adquiridas depois de determinado tempo de internação no hospital. Na UTI além do fato de os pacientes serem graves, apresentando comprometimento de sua resposta imunológica, existe a necessidade de procedimentos médico-cirúrgicos, que apesar de beneficiarem os pacientes aumentam o risco de infecção.
Intensivista: Médico com especialização em terapia intensiva (medicina intensiva), capacitado para o tratamento de doenças agudas ou crônicas, que levem a grave disfunção dos principais órgãos e/ou sistemas do corpo humano.
Intubação: Passagem de tubo endotraqueal através da boca ou narina, até a traquéia, para garantir a permeabilidade das vias aéreas e utilização de ventilação artificial.
Isolamento: Leitos especiais em que são colocados pacientes com bactérias resistentes a um grande número de antibióticos, para evitar a disseminação destas bactérias.
Marcapasso: Equipamento responsável pela geração de estímulo elétrico artificial para o coração.
Monitor: Equipamento utilizado para o acompanhamento de funções vitais. Eletrocardiograma (batidas do coração), pressão arterial, oximetria periférica.
Morte encefálica ou cerebral: Disfunção neurológica irreversível com perda total da atividade cerebral.Nutrição enteral: Alimento administrado ao paciente geralmente através de sondas colocadas no estômago ou intestino delgado.
Nutrição parenteral: Alimento administrado diretamente na veia, e que por conter os nutrientes básicos (proteínas, gorduras e carboidratos), não necessita de digestão.
Oximetria: Medida da concentração de oxigênio no sangue, habitualmente na UTI é realizada continuamente sem invadir o organismo, com a colocação de um eletrodo na ponta dos dedos (oximetria periférica).
Pressão arterial média invasiva - PAM: É aquela medida através da inserção de um cateter em alguma artéria periférica do corpo, num sistema ligado a um computador que recebe os dados e os coloca na tela continuamente, para ser observado. Também se transforma numa via de acesso para coleta de sangue sem ser necessário ficar obtendo novo acesso a cada coleta.
Politraumatizado, politraumatismo: Condição em geral decorrente de acidentes com trauma direto de varias regiões e aparelhos do corpo, com evolução grave e instável; é freqüente haver coma quando existe traumatismo crânio encefálico grave.
PVC - Pressão Venosa Central: É uma pressão medida geralmente na veia cava (bem próximo ao coração), através da inserção de um cateter, o intracath.
Reanimação cardiopulmonar: Conjunto de manobras realizadas para garantir a circulação de órgãos nobres (coração e cérebro), quando ocorre parada cardíaca súbita e inesperada.S.A.R.A: Síndrome da angústia respiratória aguda ou do adulto é uma entidade causada por inúmeras doenças ou situações clínicas, que acabam por gerar uma agressão ao tecido pulmonar. Devido a esta agressão, ocorre uma resposta inflamatória aguda e há acúmulo de líquidos nos alvéolos (edema), prejudicando de forma importante a troca de oxigênio e, em estágios avançados, a retirada do gás carbônico do organismo.
Sedação: Medicamentos utilizados para tornar o paciente inconsciente, propiciando maior conforto em fases do tratamento em que o estado de vigília (alerta) é desnecessário.
Sepse/choque séptico: Infecção que provoca uma inflamação generalizada, levando a disfunção cardiopulmonar, dos vasos sanguíneo e celular.Síndrome de disfunção dos múltiplos órgãos e sistemas: Condição clínica associada a grave lesão orgânica, que, quando não revertida progride para a morte.
Sondas: Geralmente de PVC ou outros materiais, são introduzidas em diferentes orifícios (vesical, na bexiga, nasogástrica, no estômago e etc) para permitir a drenagem de líquidos orgânicos, ou algumas vezes infusão de soluções ou medicamentos.
Suporte Hemodinâmico: Expressão que significa o controle das condições do sistema circulatório do paciente (vigiar e manter em valores adequados a pressão arterial, a pulsação, a produção de urina, a oferta de nutrientes e oxigênio ao organismo, bem como sua utilização pelo mesmo), visando com isso que o paciente tenha condição de se recuperar da causa que o levou a alteração de sua "condição hemodinâmica" habitual (ou normal).
Traqueostomia: Procedimento cirúrgico realizado com pequena incisão na traquéia para retirar cânula de intubação orotraqueal (tubo na boca) e colocar uma pequena cânula nessa incisão. Isto é realizado para proporcionar maior conforto nos pacientes que se encontra com desmame difícil da ventilação ou com quadro neurológico sem a percepção de desmame precoce da ventilação. Além do conforto, diminui a incidência de lesões na faringe e cordas vocais.
Traumatismo craniano, TCE, traumatismo crânio encefálico: Lesão das estruturas do cérebro decorrente de acidentes, com edema (inchaço) ou formação de coágulos.Tubo endotraqueal: Cânula introduzida através da boca ou narina, até a traquéia para permitir a passagem do ar até os pulmões.
Unidade de Terapia Intensiva - UTI: Local do hospital com estrutura e pessoal especializado para o cuidado de pacientes com lesões ou doenças graves, com possibilidade de recuperação.
UTI coronariana: Unidade de cuidado médico intensivo especializado em doenças do coração, principalmente aquelas decorrentes de deficiência de circulação coronariana (Infarto e angina instável, por exemplo).
Ventilador Pulmonar: Também conhecido como Ventilador Mecânico, e muitas vezes chamado equivocadamente de respirador mecânico ou artificial, é o aparelho responsável por manter a ventilação pulmonar, propiciando ao organismo condições para que possa manter as trocas gasosas.
Fonte: Concurso e fisioterapia(Blog)

Doenças Neuromusculares

As doenças neuromusculares, com início na infância, representam um dos problemas mais difíceis para o fisioterapeuta.
As doenças neuromusculares exigem um grande empenho e habilidade em seu tratamento.
É importante recordar que a falta de cura na Doença Neuromuscular não é sinônimo de falta de tratamento.
O tratamento das Doenças Neuromusculares devem prevenir as incapacidade como a deformidade e a falta de mobilidade.
Existem algumas Doenças Neuromusculares mais comuns como a Distrofias Musculares, Amiotrofias Espinhais, Esclerose Amiotrófica, Charcot Marie, Neuropatias, Miastenias, além das Mitocondriais (mais raras), entre outras.

Site: http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/7971/doencas-neuromusculares

Hidroterapia em Gestantes

A gestante sofre grandes mudanças em seu corpo desde o primeiro mês de gravidez. Essas mudanças promovem muitos desconfortos que podem ser amenizados pela hidroterapia. Mudanças do organismo na mulher gestante: São várias as modificações anatômicas que ocorrem durante o período gestacional, modificações estas que devemos levar em conta para efetuarmos qualquer atividade física na gestante. A parede abdominal é a primeira a sentir as modificações: o útero tem seu eixo vertical e exige dela uma sustentação total, deslocando o centro de gravidade da mulher, o que resulta em uma rotação pélvica e uma progressiva lordose lombar. A estabilidade acontece através de um trabalho maior da musculatura e ligamentos da coluna vertebral. À medida que o volume da barriga aumenta, mais a postura da gestante se modifica. Com a barriga aumentada, para não cair para a frente, ela força o glúteo para trás - "arrebitando o bumbum" - , o que ocasiona dores e desconfortos nas costas e na região lombar. Em algumas gestantes, existe uma separação nos músculos do abdômen, indo metade para cada lado, formando um "vergão" ou linha no meio do abdômen. Esses "vergões" podem ter coloração que varia do vermelho ao azulado, dependendo de cada tipo de pele. A cintura pélvica (o quadril) tem sua mobilidade articular aumentada em aproximadamente 60%, pois seus ossos, unidos por fibrocartilagens, sofrem diretamente a ação da relaxina (hormônio produzido para afrouxar os ligamentos pélvicos). O quadril aumenta seu tamanho para ampliar o espaço e abrigar o bebê e a gestante para andar tem que voltar os pés para fora - Marcha Anserina (andar de pata). O diafragma (músculo responsável pela atividade respiratória) fica pressionado pelo aumento uterino, dificultando a respiração da gestante. O aumento da barriga dificulta a respiração e a própria Natureza se encarrega de acertar isso, passando a gestante a respirar mais no peito do que no abdômen, no final da gestação. A respiração abdominal deve ser treinada para se ter os músculos do abdômen fortalecidos, oxigenando também o bebê e realizando o trabalho de relaxamento. O estômago tem eixo alterado de vertical para horizontal, tornando o processo digestivo alterado e mantendo por mais tempo a presença de enzimas digestivas. Durante a gravidez, o estômago desloca-se para cima e para trás, para poder dar espaço para o bebê; isso ocasiona bastante mal-estar às gestantes, e para que sintam algum alívio devem comer pouco e várias vezes ao dia, além de evitar alimentos ácidos, fortes e condimentados, que possam dificultar ou tornar a digestão mais demorada. As glândulas mamárias têm seu volume aumentado, ocasionando uma maior solicitação dos músculos dorsais e peitorais, além de uma flexão anterior da coluna cervical aumentada. Com os seios aumentados pela presença do leite, além de mudanças na postura, existe um desconforto em manter posições por muito tempo. Por exemplo, ficar muito tempo em pé ou sentada causa grande desconforto algumas vezes. Para que isso seja aliviado, devem-se alternar posturas e sempre que possível alongar-se ou simplesmente espreguiçar-se. . Aumento no metabolismo basal (uma pessoa não grávida te em repouso, descansada, seus batimentos cardíacos estabelecidos entre 70 e 80 por minuto; já a gestante, os tem, em repouso, por volta de 80 e 90 em média. Isso já mostra que ela está em freqüente estado de "exercício", tendo todo o seu metabolismo alterado. Por isso, o cuidado deve ser intenso com relação à freqüência cardíaca durante a atividade física, seja ela qual for, não deixando exceder nunca os 140 bpm). . Aquisição de gorduras (o ganho de gordura é um fator diferenciado para cada mulher, dependendo da tendência anterior, da dieta seguida, dos alimentos ingeridos, mas sempre vai existir). O ideal, segundo os médicos, é adquirir no máximo 10 quilos durante os nove meses, se possível, menos de um quilo por mês. . Retenção hídrica e de sais minerai (os rins, devido a sua localização próxima ao diafragma, curvam-se para frente durante a inspiração - pegar o ar - e voltam ao normal durante a expiração - soltar o ar. Esses movimentos estimulam a eliminação da urina. Esses órgãos sofrem profundas modificações, de modo que essa eliminação fica alterada. Se a urina não for totalmente eliminada, podem ocorrer os edemas - inchaços - que tanto incomodam a mulher). . Aumento do consumo de oxigênio (com a gravidez, o consumo de ar é aumentado em função de ele estar sendo também absorvido pelo bebê, por isso e também pela respiração, a gestante está sempre muito cansada). . Aumento do débito cardíaco, pois uma parte está dirigida a tecidos não musculares. Com isso, as taquicardias e a mudança nos batimentos cardíacos são uma constante. . Declínio da atividade do trato gastrointestinal (é muito comum nas gestantes as queixas sobre dificuldade no evacuar, presença de gases e regurgitamento após as refeições; isso acontece pela alteração na posição dos intestinos, que ficam muito "apertados" com o aumento do volume da barriga). . Resistência periférica diminuída (a circulação também é profundamente alterada pelo aumento do volume uterino, além da circulação estar sendo mais solicitada para alimentação e necessidades básicas do bebê). . Taquicardia acima de 100 bpm, exatamente em função do aumento do débito cardíaco. . Alterações no sistema endócrino (aumento na produção de resíduos, intolerância ao calor, instabilidade emocional). A disfunção nos hormônios faz com que a gestante seja uma "bomba" de mudanças hormonais, alterando não só sai emoções, como também a maioria dos seus hábitos anteriores. . Aumento da capacidade inspiratória e queda na reserva expiratória, cerca de 20%. Por isso, durante os exercícios respiratórios, deve-se sempre pedir para que a gestante solte o ar por mais tempo do que respire, para eliminar incômodas como tonturas e dores de cabeça. . Aumento do volume sangüíneo (em torno de 30%) e do volume plasmático (cerca de 40%). As gestantes costumam ter as mãos e rosto com coloração modificada em função dessa mudança circulatória. . A temperatura corporal materna está relacionada diretamente com a temperatura de feto e pode ser alterada durante as atividades físicas. Em função disso, o trabalho do profissional deve ser cuidados não só com a temperatura da água, do ambiente, mas também com o tipo de atividade executada nos dias mais quentes. Com todas essas mudanças orgânicas e hormonais, ocorrem mudanças no psicológico e no emocional da futura mamãe também, que fica mais sensível e pode ter crises de choros repentinamente, sem motivos aparentes. È importante que a grávida faça exercícios, para aliviar as tensões que as mudanças no seu organismo trazem e também, manter a postura. Há precauções a serem tomadas, quanto á temperatura, quando a intensidade e impactos do exercício, sendo recomendada a hidroterapia pois as propriedades da água a auxiliam a relaxar e a praticar atividades físicas sem impacto.O exercício só é contra indicado quando:Relativas:Gestantes que, apesar de apresentarem algum sintoma diferenciado, têm a permissão médica para a prática da atividade física, sempre sobre controle médico e cuidados especiais do profissional: . Hipertensão arterial . Anemia ou outros distúrbios sanguíneos . Disfunção tireoidial . Disritmia cardíaca . Diabetes . Obesidade excessiva . Histórico anterior de vida excessivamente sedentária . Falta de peso excessivo . Apresentação pélvica durante o terceiro trimestre . Placenta prévia . Infecções generalizadas (garganta, ouvido, gastrintestinais) Absolutas Gestantes que não podem realizar atividades físicas de forma alguma, necessitando em alguns casos de repouso total: . Diagnósticos de placenta prévia sem acompanhamento médico . Doenças cardíacas graves e em evidência . Trabalho de parto prematuro . Histórico de três ou mais abortos espontâneos . Tromboflebite . Hipertensão séria . Ruptura de bolsa e/ou sangramentos . Falta de controle pré-natal Só se interrompe um exercício para gestante na piscina se:. Qualquer tipo de dor no peito . Contrações uterinas com intervalo pequeno (20 min.) . Perda de líquido (intenso ou leve) . Vertigens e/ou fraquezas . Dificuldade em respirar . Palpitações e/ou taquicardias contínuas . Inchaços que não diminuem . Dor nos quadris ou no púbis . Dificuldade excessiva em caminhar . Dor nas costas intermitentes ou que não aliviam na água ou em posições confortáveis . Falta ou diminuição nos movimentos do bebê. Vantagens no trabalho aquático na gravidez: Durante a gestação a queixa mais comum é a do "corpo pesado", o que na água é reduzido, fazendo com que as alunas se sintam realizadas durante a execução dos exercícios aquáticos, reforçando o lado psicológico de cada uma. A flutuação fornece suporte completo a elas, resultando em efeitos que me terra seriam praticamente impossíveis, ou pelo menos desconfortáveis. A liberdade durante a flutuação ajuda a aumentar a amplitude dos movimentos sem a resistência do atrito, auxiliando a movimentação. Além disso, com o corpo submerso, o estresse articular também é diminuído, o que deve ser levado em consideração na execução dos exercícios de alongamento. O trabalho aquático produz ainda uma menor incidência de varizes, um controle maior sobre a frequencia cardíaca materna e fetal, um aumento na diurese diminuindo a formação de edemas, um controle sobre o aumento de peso, o aumento da resistência muscular, um controle postural acentuado e a melhoria na sociabilização e auto-imagem.Os efeitos da hidroterapia: Quanto à dor e aos edemas A água relativamente aquecida reduz a sensibilidade das terminações nervosas sensitivas, proporcionando a diminuição da dor e, pela ação da pressão hidrostática a diminuição de edemas. Quanto à musculatura A partir do aquecimento muscular, ocorre a diminuição do tônus muscular, favorecendo o relaxamento e a diminuição dos espasmos musculares, além do alongamento muscular, fortalecendo e aumentando a resistência muscular. Quanto à articulação Facilita a mobilidade e a manutenção da amplitude articular com menor esforço. Quanto ao equilíbrio e esquema corporal Utilizando-se as propriedades físicas da água, é favorecido o equilíbrio, a recuperação e a conscientização corporal. Quanto à reeducação da marcha A relação entre profundidade e descarga de peso corporal favorece a etapa de suporte de peso na reeducação da marcha (alterada pela modificação pélvica). Quanto mais profunda a água, menor a descarga do peso corporal sobre os membros inferiores. Em hidroterapia, a melhor técnica de relaxamentos para gestantes, é o Watsu e se não houver nenhuma contra indicação para exercícios mais intensos, uma hidroginástica para gestantes ou uma natação também são bem indicadas.

Juliana Elisabete Kroll

Cuidados na Fisioterapia no paciente crítico

Este site fala tudo sobre Cuidados ao paciente crítico:


segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Humanização Hospitalar

Diante de tanta tecnologia, alguns atuantes na área da saúde perderam a responsabilidade de cuidar daqueles que estão examinando, pois medicamentos e aparelhos são essenciais e indispensáveis para que a saúde dos que necessitam de cuidados especiais, seja adquirida novamente, independente dos danos posteriores.
Alguns não desejam envolver-se por completo, principalmente, quando não acreditam na possibilidade de que o tratamento possa curar, apenas facilitar no impedimento de uma morte rápida.
Será que podemos aceitar em nossa sociedade, pessoas que se dedicam tanto aos estudos, tornam-se profissionais ditos competentes, apenas pelo fato de conseguirem um diploma?
Poderíamos questioná-los se não fosse o fato disto. Anos e anos de especializações, para conseguir manter seus clientes saudáveis, sem se preocupar se os mesmos morrerão torturados pelo fato de saberem seus destinos, onde a única esperança que os mantêm vivos é nada mais, nada menos, que uma tecnologia criada em busca de conforto e facilidades.
Mas porque isso não consegue resolver exatamente tudo que um ser humano precisa?! Porque em alguns casos, o uso da ciência é totalmente inútil e para outros com os mesmos problemas é benéfico?
Crianças e adultos que sofrem com o câncer, vírus, paralisias, enfim, diversas doenças e patologias que os impedem de viver normalmente como qualquer outro ser humano “privilegiado” que não sofre e nem imagina o que é ser um doente, ou um dependente de ajuda constante para realizar tarefas diárias.
Apesar de muitas descobertas eficientes e completamente necessárias, a melhor de todas foi perceber que a saúde de um ser que se sente totalmente isolado de uma sociedade, esta dentro de sua Alma, daquilo que pode ser alimentado com esperança e crença de que não só um tratamento demorado e doloroso poderá trazer de volta o sopro da “vida”, mas sim o verdadeiro valor que passará a existir, a partir do momento que todos os atuantes na área da saúde, ensinar que a capacidade vai além da compreensão e explicação da ciência.
A Humanização Hospitalar é mais que um medicamento, é a solução para que todos acreditem que tudo é possível quando feito com felicidade e harmonia, quando a presença dos familiares para recuperação é indispensável e quando o mundo gira em uma só direção em busca de igualdade para todos, pois qualquer um de nós poderá vir a ter uma patologia onde muitos dirão não haver cura.
A importância de um bom resultado deveria estar em todos os profissionais que estudam para o bem da humanidade, não pela fama ou dinheiro que isso possa trazer.
Aqueles que buscam em seus pacientes atenciosamente, o que o "mundo" os fez acreditar terem perdido:

"Os Milagres exercidos pelas vontades Divinas"

Tamara Rubio Pauletto

Obs.: Artigo publicado :

http://www.webartigos.com/articles/44618/1/Humanizacao-Hospitalar/pagina1.html

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Questões mais importantes para quem decide abrir seu negócio

Este Site fala tudo sobre Empreendedorismo, para quem quer abrir seu negócio, é muito confiável, indico a todos que procuram respostas sobre isso:

http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/EA01B0F166B0E50F0325711F006DC551/$File/NT000AEBBE.pdf

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sites

Minha Professora Roseli, passou dois sites interessantes, que abordam assuntos relacionados a fisioterapia:

http://www.fisionet.com.br/index.php

http://www.actafisiatrica.org.br/v1/Default2.aspx

Entrem e cofirem!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Indivíduo e Sociedade

Todas as Postagens abaixo, do dia 20 e 19 de maio foram retiradas do site MEO, onde todos os alunos fazem tarefas para treinar o conhecimento adquirido em Sala de Aula.

Matéria- Indivíduo e Sociedade
Prof° Elza de Fátima Bedani
A disciplina tem como objetivos estabelecer estudos sobre o indivíduo, a sociedade e o exercício da cidadania, abordando ainda, as relações estabelecidas entre essas dimensões no contexto contemporâneo, enfatizando os aspectos éticos do processo de globalização e da construção social.

Declaração Universal do Direitos Humanos e as Metas do milênio.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS Adotada e proclamada pela resolução 217 A (III)da Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948
Preâmbulo

Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo, Considerando que o desprezo e o desrespeito pelos direitos humanos resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da Humanidade e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do temor e da necessidade foi proclamado como a mais alta aspiração do homem comum, Considerando essencial que os direitos humanos sejam protegidos pelo Estado de Direito, para que o homem não seja compelido, como último recurso, à rebelião contra tirania e a opressão, Considerando essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações, Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor da pessoa humana e na igualdade de direitos dos homens e das mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla, Considerando que os Estados-Membros se comprometeram a desenvolver, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e liberdades fundamentais e a observância desses direitos e liberdades, Considerando que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mis alta importância para o pleno cumprimento desse compromisso,
A Assembléia Geral proclama
A presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.
Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Artigo II
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
Artigo III
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.
Artigo V
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo VI
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.
Artigo VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo VIII
Toda pessoa tem direito a receber dos tributos nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.
Artigo IX
Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.
Artigo X
Toda pessoa tem direito, em plena igualdade, a uma audiência justa e pública por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
Artigo XI
1. Toda pessoa acusada de um ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa. 2. Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou internacional. Tampouco será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
Artigo XII
Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Toda pessoa tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.
Artigo XIII
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado. 2. Toda pessoa tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.
Artigo XIV
1.Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países. 2. Este direito não pode ser invocado em caso de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos propósitos e princípios das Nações Unidas.
Artigo XV
1. Toda pessoa tem direito a uma nacionalidade. 2. Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.
Artigo XVI
1. Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer retrição de raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de contrair matrimônio e fundar uma família. Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução. 2. O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
Artigo XVII
1. Toda pessoa tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros. 2.Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.
Artigo XVIII
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.
Artigo XIX
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.
Artigo XX
1. Toda pessoa tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas. 2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.
Artigo XXI
1. Toda pessoa tem o direito de tomar parte no governo de sue país, diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos. 2. Toda pessoa tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país. 3. A vontade do povo será a base da autoridade do governo; esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a liberdade de voto.
Artigo XXII
Toda pessoa, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre desenvolvimento da sua personalidade.
Artigo XXIII
1.Toda pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o desemprego. 2. Toda pessoa, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho. 3. Toda pessoa que trabalhe tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como à sua família, uma existência compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social. 4. Toda pessoa tem direito a organizar sindicatos e neles ingressar para proteção de seus interesses.
Artigo XXIV
Toda pessoa tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e férias periódicas remuneradas.
Artigo XXV
1. Toda pessoa tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle. 2. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.
Artigo XXVI
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito. 2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz. 3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.
Artigo XXVII
1. Toda pessoa tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus benefícios. 2. Toda pessoa tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual seja autor.
Artigo XVIII
Toda pessoa tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser plenamente realizados.
Artigo XXIV
1. Toda pessoa tem deveres para com a comunidade, em que o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
2. No exercício de seus direitos e liberdades, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
3. Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos propósitos e princípios das Nações Unidas.
Artigo XXX
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.


1. ACABAR COM A FOME E A MISÉRIA
Neste momento, milhares de pessoas estão passando fome no Brasil e no mundo.
A fome é conseqüência da pobreza e também sua causadora. Para romper este círculo vicioso, é fundamental unir toda a sociedade.
Só dessa forma será possível garantir a condição básica de direito à vida: viver sem fome.
Você sabia que no Brasil há alimentos suficientes para alimentar toda sua população? Apesar disso, no nosso país, 29% das pessoas estão abaixo da linha da pobreza e apresentam deficiência alimentar.

2. EDUCAÇÃO BÁSICA DE QUALIDADE PARA TODOS
Não há o que discutir, todos têm direito a educação de qualidade. Entretanto, não é bem isso o que acontece, pois muitas pessoas não chegam a completar o ciclo básico.
O Brasil é o sétimo país do mundo em número de analfabetos, sendo que 18 milhões destes nunca passaram pela escola.




3. IGUALDADE ENTRE SEXOS E VALORIZAÇÃO DA MULHER
A história do mundo nos mostra que durante muito tempo os homens e as mulheres não tinham os mesmos direitos e deveres. Em alguns países isso ainda acontece. Em outros, as mulheres conquistaram direitos que antes lhes eram negados.
No Brasil, as mulheres chegam a ganhar até 40% a menos do que os homens para exercer o mesmo trabalho.


4. REDUZIR A MORTALIDADE INFANTIL
Em nosso país muitas crianças morrem antes de completar o primeiro ano de vida. As causas são inúmeras, como a desnutrição a falta de acompanhamento pré-natal e durante o parto.
Melhorar a saúde materna ajuda a reduzir a mortalidade infantil.
No Brasil, a mortalidade no primeiro ano de vida é de 27,8 para cada 1.000.



5. MELHORAR A SAÚDE DAS GESTANTES
Em nosso país muitas mães morrem no parto ou logo após. As causas são inúmeras, como a assistência médica inadequada, a falta de preparo das mães para se cuidar durante a gestação e a desnutrição.
Melhorar a saúde materna ajuda a reduzir a mortalidade infantil. A assistência médica inadequada durante a gravidez e o parto pode causar a morte do bebê e da mãe.
No Brasil, a mortalidade materna é de 2,6 para cada 1.000.


6. COMBATER A AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS
Um dos maiores problemas mundiais são as doenças que atingem grande número de pessoas – e sabemos que a prevenção é a melhor maneira de combatê-las.
O Brasil tem o maior número de casos de malária das Américas, e é o terceiro lugar do mundo em incidência dessa doença.Os casos de Aids, no entanto, diminuíram em quase todos os grupos. O único grupo em que houve aumento foi no de mulheres dos 13 aos 19 anos.


7. QUALIDADE DE VIDA E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE
O desmatamento, o desperdício de água e a produção excessiva de lixo são alguns dos problemas mais graves enfrentados pela humanidade. Cuidar do meio ambiente deve fazer parte de nosso dia-a-dia.

Apesar de o Brasil ter aproximadamente 12% de toda a água doce do planeta, 22 milhões de pessoas não têm acesso a água de boa qualidade . A água é um recurso natural renovável: rios, lagos e lençóis subterrâneos são capazes de repor seus suprimentos, desde que a humanidade não os esvazie rápido demais ou os contamine.
8. TODO MUNDO TRABALHANDO PELO DESENVOLVIMENTO
Muitas vezes a solução de um problema pode servir de resposta para outros, principalmente quando pessoas, escolas, governos, sociedade civil, empresas e organizações sociais trabalham juntas.

O trabalho voluntário é quase sempre realizado em parceria. Um bom exemplo de parcerias são as realizadas entre escolas, em que professores e alunos compartilham idéias, espaço e muita criatividade em projetos de voluntariado educativo.


Os direitos das crianças

Em 1959, a Assembléia Geral das Nações Unidas aprovou uma declaração de dez pontos sobre os direitos das crianças, discutidos e repensados no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Direito à igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade.
Direito à proteção especial para seu desenvolvimento físico, mental e social.
Direito a um nome e a uma nacionalidade.
Direito à alimentação, à moradia e à assistência médica adequadas para a criança e a mãe.
Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente.
Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.
Direito à educação gratuita e ao lazer.
Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofe.
Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho.
Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.

Fonte: Dimenstein, Gilberto. O cidadão de papel: a infância, a adolescência e os Direitos Humanos no Brasil. São Paulo: Ática, 1998.


Preâmbulo da Constituição da República Federativa do Brasil - 1988
"Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil".


A partir da leitura desse parágrafo, destaque CINCO direitos humanos fundamentais para a construção de uma sociedade "fraterna, pluralista e sem preconceitos".
OBS: OS DIREITOS DEVEM SER RETIRADOS DOS TEXTOS, PODEM SER DOS DIREITOS HUMANOS, DIREITOS DAS CRIANÇAS OU METAS DO MILÊNIO
Guarulhos, 17 de maio de 2010.
  1. A união da sociedade;
  2. Educação de qualidade ;
  3. Combater as diversas doenças que afetam a grande maioria da população, como AIDS e malária ;
  4. Qualidade de Vida onde as pessoas possam ter o direito à alimentação, à moradia, à assistência médica e respeito ao meio ambiente ;
  5. Todos trabalhando pelo desenvolvimento (pessoas, escolas, governos, sociedade civil, empresas e organizações) agindo com amor, solidariedade e igualdade.

Tamara Rubio Pauletto

Ética e cidadania

Definição da Ética

(Extrato de: SÁNCHEZ VÁSQUEZ, Adolfo. Ética. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 12ª ed., 1969, pp. 12 - 14)

Assim como os problemas teóricos morais não se identificam com os problemas práticos, embora estejam estritamente relacionados, também não se podem confundir a ética e a moral. A ética não cria a moral. Conquanto seja certo que toda moral supõe determinados princípios, normas ou regras de comportamento, não é a ética que os estabelece numa determinada comunidade. A ética depara com uma experiência histórico-social no terreno da moral, ou seja, com uma série de práticas morais já em vigor e, partindo delas, procura determinar a essência da moral, sua origem, as condições objetivas e subjetivas do ato moral, as fontes da avaliação moral, a natureza e a função dos juízos morais, os critérios de justificação destes juízos e o princípio que rege a mudança e a sucessão de diferentes sistemas morais.
A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma específica de comportamento humano.
A nossa definição sublinha, em primeiro lugar, o caráter científico desta disciplina; isto é, corresponde à necessidade de uma abordagem científica dos problemas morais. De acordo com esta abordagem, a ética se ocupa de um objeto próprio: o setor da realidade humana que chamamos moral, constituído - como já dissemos - por um tipo peculiar de fatos ou atos humanos. Como ciência, a ética parte de certo tipo de fatos visando descobrir-lhes os princípios gerais. Neste sentido, embora parta de dados empíricos, isto é, da existência de um comportamento moral efetivo, não pode permanecer no nível de uma simples descrição ou registro dos mesmos, mas os transcendem com seus conceitos, hipóteses e teorias. Enquanto conhecimento científico, a ética deve aspirar à nacionalidade e objetividade mais completas e, ao mesmo tempo, deve proporcionar conhecimentos sistemáticos, metódicos e, no limite do possível, comprováveis.
Certamente, esta abordagem científica dos problemas morais ainda está muito longe de ser satisfatória, e das dificuldades para alcançá-la ainda continuam se beneficiando as éticas especulativas tradicionais e as atuais de inspiração positivista.
A ética é a ciência da moral, isto é, de uma esfera do comportamento humano. Não se deve confundir aqui a teoria com o seu objeto: o mundo moral. As proposições da ética devem ter o mesmo rigor, a mesma coerência o fundamentação das proposições científicas. Ao contrário, os princípios, as normas ou os juízos de uma moral determinada não apresentam esse caráter. E não somente não têm um caráter científico, mas a experiência histórica moral demonstra como muitas vezes são incompatíveis com os conhecimentos fornecidos pelas ciências naturais e sociais. Daí podermos afirmar que, se se pode falar duma ética científica, não se pode dizer o mesmo da moral. Não existe uma moral científica, mas existe - ou pode existir - um conhecimento da moral que pode ser científico. Aqui, como nas outras ciências, o científico baseia-se no método, na abordagem do objeto, e não no próprio objeto. Da mesma maneira, pode-se dizer que o mundo físico não é científico, embora o seja a sua abordagem ou estudo por parte da ciência física. Se, porém, não existe uma moral científica em si, pode existir uma moral compatível com os conhecimentos científicos sobre o homem, a sociedade e, em particular, sobre o comportamento humano moral. É, este o ponto em que a ética pode servir para fundamentar uma moral, sem ser em si mesma normativa ou preceptiva. A moral não é ciência, mas objeto da ciência; e, neste sentido, é por ela estudada e investigada. A ética não é a moral e, portanto, não pode ser reduzida a um conjunto de normas e prescrições; sua missão é explicar a moral efetiva e, neste sentido, pode influir na própria moral.
Seu objeto de estudo é constituído por um tipo de atos humanos: os atos conscientes e voluntários dos indivíduos que afetam outros indivíduos, determinados grupos sociais ou a sociedade em seu conjunto.
Na definição antes enunciada, ética e moral se relacionam, pois, como uma ciência específica e seu objeto. Ambas as palavras mantêm assim uma relação que não tinham propriamente em suas origens etimológicas. Certamente, moral vem do latim mos ou mores, "costume" ou "costumes", no sentido de conjunto de normas ou regras adquiridas por hábito. A moral se refere, assim, ao comportamento adquirido ou modo de ser conquistado pelo homem. Ética vem do grego ethos, que significa analogamente "modo de ser" ou "caráter" enquanto forma de vida também adquirida ou conquistada pelo homem. Assim, portanto, originariamente, ethos e mos, "caráter" e ' "costume", assentam-se num modo de comportamento que não corresponde a uma disposição natural, mas que é adquirido ou conquistado por hábito. É precisamente esse caráter não natural da maneira de ser do homem que, na Antiguidade, lhe confere sua dimensão moral.
Vemos, pois, que o significado etimológico de moral e de ética não nos fornecem o significado atual dos dois termos, mas nos situam no terreno especificamente humano no qual se torna possível e se funda o comportamento moral: o humano como o adquirido ou conquistado pelo homem sobre o que há nele de pura natureza. O comportamento moral pertence somente ao.homem na medida em que, sobre a sua própria natureza, cria esta segunda natureza, da qual faz parte a sua atividade moral.

http://www.humanas.unisinos.br/professores/hbenno/vasqetic.htm

Afinal, o que é Cidadania?

Nunca se falou tanto sobre cidadania, em nossa sociedade, com nos últimos anos. Mas afinal, o que é cidadania?
Segundo o Dicionário Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, “cidadania é a qualidade ou estado do cidadão”, entende-se por cidadão “o indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um estado, ou no desempenho de seus deveres para com este”.
No sentido etimológico da palavra, cidadão deriva da palavra civita, que em latim significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos – aquele que habita na cidade.
No sentido ateniense do termo, cidadania é o direito da pessoa em participar das decisões nos destinos da Cidade através da Ekklesia (reunião dos chamados de dentro para fora) na Ágora (praça pública, onde se agonizava para deliberar sobre decisões de comum acordo). Dentro desta concepção surge a democracia grega, onde somente 10% da população determinava os destinos de toda a Cidade (eram excluídos os escravos, mulheres e artesãos).
A mídia confunde muito entre o Direito do Cidadão e o Direito da Consumidor, por isso questiono o aspecto ideológico desta confusão intencional.
Vejamos neste quadro sintético uma percepção pessoal sobre como se processa a “evolução” do Ser Humano até o Ser Cidadão.
O Ser Humano
O Ser Indivíduo
O Ser Pessoa
O Ser Cidadão
A Dimensão do convívio social.
A dimensão do mercado de trabalho e Consumo.
A Dimensão de encontrar-se no mundo.
A dimensão de intervir na realidade.
O homem tornar-se Ser Humano nas relações de convívio social.
O Ser Humano tornar-se indivíduo quando descobre seu papel e função social.
O Indivíduo torna-se pessoa quanto toma consciência de si mesmo, do outro e do mundo.
A pessoa torna-se cidadão quando intervém na realidade em que vive.
Quem estuda o comportamento do Ser Humano? Seria a antropologia, a história, ou a sociologia?
Quem estuda o comportamento do indivíduo ? Seria a Filosofia, a sociologia ou a Psicologia?
Quem estuda o comportamento da pessoa ? Seria a Filosofia, a sociologia ou a Psicologia?
Quem estuda o comportamento do cidadão ? Seria a Sociologia, a Filosofia ou As ciências políticas?
Quem garante os direitos do Ser Humano? A Declaração Universal do Direitos Humanos.
Quem garante os Direitos do Consumidor? O Código do Consumidor.
Quem garante os Direitos da pessoa? A própria pessoa (amor próprio ou auto-estima).
Quem garante os Direitos do cidadão? (A Constituição e suas leis regulamentares).
Existe realmente uma natureza humana? Teologicamente, afirmamos que existe a uma natureza humana. Seguindo a corrente existencialista (J.P. Sartre) negamos tal natureza.
Que diferença existe entre o direito do consumidor e o direito do cidadão? Ao Consumidor deve ser dado o direito de propriedade enquanto ao cidadão deve ser dado o direito de acesso
O que significa tornar-se pessoa no nível psicológico e social? A pessoa é o indivíduo que toma consciência de si mesmo (“Tornar-se Pessoa” de Karl Roger)
Como podemos intervir na realidade, modificando as estruturas corruptas e injustas? Quando os direitos do cidadão lhe são oferecidos, e o mesmo passa a exercê-lo, há modificação de comportamento.
Conclusão:O Direito do consumidor é direito de propriedade e o Direito do cidadão é Direito de Acesso. O que o povo brasileiro necessita é do direito de acesso e não leis que garantam a uma minoria (elite brasileira) suas grandes e ricas propriedades.
Um dos grandes problemas no Brasil, além da impunidade e a corrupção endêmicas, é a má distribuição de renda, onde “muitos têm poucos e poucos têm muito”.

Fonte: http://www.mundodosfilosofos.com.br/vanderlei7.htm

Esta é uma história bastante simples, que fala de 4 pessoas cujos nomes são: NINGUÉM, ALGUÉM, TODO MUNDO e QUALQUER UM.
Havia um trabalho muito importante a ser feito e TODO MUNDO estava certo de que ALGUÉM o faria.
QUALQUER UM poderia perfeitamente tê-lo feito.
ALGUÉM ficou zangado com isso, porque aquele era um serviço a ser feito por TODO MUNDO.
TODO MUNDO acreditou que QUALQUER UM poderia fazê-lo, entretanto, NINGUÉM se deu conta de que TODO MUNDO não o faria.
No fim, TODO MUNDO culpou ALGUÉM quando, na verdade, NINGUÉM fez o que QUALQUER UM poderia ter feito.
Baseado (a) em Ética e Cidadania, dê um exemplo de como essa história poderia representar a realidade social brasileira.



Guarulhos, 27 de abril de 2010.


O ser humano muitas vezes é exigente, querendo e impondo, mas espera sentado ao invés de levantar-se e agir perante uma situação. Julga muito, achando que as outras pessoas devem solucionar seus problemas ou as dificudades que estão expostas constantemente no dia-a-dia, testando cada um de nós.
Um exemplo são os diversos protestos que alguns grupos realizam, desejando mudar uma situação que já está ruim e acaba tornando-se pior, devido aos que são contra agirem apenas com violência quando se sentem ameaçados.
Depois na verdade percebem que todos buscaram a mesma solução porém, não alcançaram nada, por terem seguido idéias sem estrutura ou sentido algum.

Tamara Rubio Pauletto

Ética, Saúde/Doença, Afetividade, Morte e Humanização.

O Jogo existencial e a ritualização da Morte:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-11692005000100016



"Os homens se humanizam trabalhando juntos para fazer do mundo, sempre mais, a mediação das consciências que se coexistenciam na liberdade".
(Ernani Maria FIORI)
(foto de Sebastião Salgado - capa do livro "Da inteligência ao coração e à ação - volume III - PUCRS, 1999)

Mire o olhar da menina: alegre ou triste?!






AMALA E KAMALA: as meninas-lobo

Na Índia, onde os casos de meninos-lobo foram relativamente numerosos, descobriram-se em 1920, duas crianças, Amala e Kamala, vivendo no meio de uma família(?) de lobos. A primeira tinha um ano e meio e veio a morrer um ano mais tarde. Kamala, de oito anos de idade, viveu até 1929. Não tinham nada de humano e seu comportamento era exatamente semelhante àquele de seus irmãos lobos.
Elas caminhavam de quatro, apoiando-se sobre os joelhos e cotovelos para os pequenos trajetos e sobre as mãos e os pés para os trajetos longos e rápidos.
Eram incapazes de permanecer em pé. Só se alimentavam de carne crua ou podre. Comiam e bebiam como os animais, lançando a cabeça para a frente e lambendo os líquidos. Na instituição onde foram recolhidas, passavam o dia acabrunhadas e prostradas numa sombra. Eram ativa e ruidosas durante a noite, procurando fugir e uivando como lobos. Nunca choravam ou riam.
Kamala viveu oito anos na instituição que a acolheu, humanizando-se (?) lentamente. Necessitou de seis anos para aprender a andar e, pouco antes de morrer, tinha um vocabulário de apenas cinqüenta palavras. Atitudes afetivas foram aparecendo aos poucos. Chorou pela primeira vez por ocasião da morte de Amala e se apegou lentamente às pessoas que cuidaram dela bem como às outra com as quais conviveu. Sua inteligência permitiu-lhe comunicar-se por gestos, inicialmente, e depois por palavras de um vocabulário rudimentar, aprendendo a executar ordens simples”.

LEYMOND, B. Le development social de l’enfant et del’adolescent. Bruxelles: Dessart, 1965. p 12-14.

“O relato acima descreve um fato verídico e permite entender em que medida as características humanas dependem do convívio social. Amala e Kamala, as meninas-loba da Índia, por terem sido privadas do contato com outras pessoas, não conseguiram se humanizar: não aprenderam a se comunicar através da fala, não foram ensinadas a usar determinados utensílios, não desenvolveram processos de pensamento lógico...”
DAVIS, Cláudia; OLIVEIRA, Zilma de. Psicologia na educação. São Paulo: Cortez: 1990. p 16-17



Sobre a morte e o morrer


Rubem Alves


O que é vida? Mais precisamente, o que é a vida deum ser humano? O que e quem a define?
Já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora...
Eram 6h. Minha filha me acordou. Ela tinha três anos. Fez-me então a pergunta que eu nunca imaginara: "Papai, quando você morrer, você vai sentir saudades?". Emudeci. Não sabia o que dizer. Ela entendeu e veio em meu socorro: "Não chore, que eu vou te abraçar..." Ela, menina de três anos, sabia que a morte é onde mora a saudade.Cecília Meireles sentia algo parecido: "E eu fico a imaginar se depois de muito navegar a algum lugar enfim se chega... O que será, talvez, até mais triste. Nem barcas, nem gaivotas. Apenas sobre humanas companhias... Com que tristeza o horizonte avisto, aproximado e sem recurso. Que pena a vida ser só isto...” Da. Clara era uma velhinha de 95 anos, lá em Minas. Vivia uma religiosidade mansa, sem culpas ou medos. Na cama, cega, a filha lhe lia a Bíblia. De repente, ela fez um gesto, interrompendo a leitura. O que ela tinha a dizer era infinitamente mais importante. "Minha filha, sei que minha hora está chegando... Mas, que pena! A vida é tão boa...” Mas tenho muito medo do morrer. O morrer pode vir acompanhado de dores, humilhações, aparelhos e tubos enfiados no meu corpo, contra a minha vontade, sem que eu nada possa fazer, porque já não sou mais dono de mim mesmo; solidão, ninguém tem coragem ou palavras para, de mãos dadas comigo, falar sobre a minha morte, medo de que a passagem seja demorada. Bom seria se, depois de anunciada, ela acontecesse de forma mansa e sem dores, longe dos hospitais, em meio às pessoas que se ama, em meio a visões de beleza.Mas a medicina não entende. Um amigo contou-me dos últimos dias do seu pai, já bem velho. As dores eram terríveis. Era-lhe insuportável a visão do sofrimento do pai. Dirigiu-se, então, ao médico: "O senhor não poderia aumentar a dose dos analgésicos, para que meu pai não sofra?". O médico olhou-o com olhar severo e disse: "O senhor está sugerindo que eu pratique a eutanásia?".Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum. Seu velho pai morreu sofrendo uma dor inútil. Qual foi o ganho humano? Que eu saiba, apenas a consciência apaziguada do médico, que dormiu em paz por haver feito aquilo que o costume mandava; costume a que freqüentemente se dá o nome de ética.Um outro velhinho querido, 92 anos, cego, surdo, todos os esfíncteres sem controle, numa cama -de repente um acontecimento feliz! O coração parou. Ah, com certeza fora o seu anjo da guarda, que assim punha um fim à sua miséria! Mas o médico, movido pelos automatismos costumeiros, apressou-se a cumprir seu dever: debruçou-se sobre o velhinho e o fez respirar de novo. Sofreu inutilmente por mais dois dias antes de tocar de novo o acorde final.Dir-me-ão que é dever dos médicos fazer todo o possível para que a vida continue. Eu também, da minha forma, luto pela vida. A literatura tem o poder de ressuscitar os mortos. Aprendi com Albert Schweitzer que a "reverência pela vida" é o supremo princípio ético do amor. Mas o que é vida? Mais precisamente, o que é a vida de um ser humano? O que e quem a define? O coração que continua a bater num corpo aparentemente morto? Ou serão os ziguezagues nos vídeos dos monitores, que indicam a presença de ondas cerebrais?Confesso que, na minha experiência de ser humano, nunca me encontrei com a vida sob a forma de batidas de coração ou ondas cerebrais. A vida humana não se define biologicamente. Permanecemos humanos enquanto existe em nós a esperança da beleza e da alegria. Morta a possibilidade de sentir alegria ou gozar a beleza, o corpo se transforma numa casca de cigarra vazia.Muitos dos chamados "recursos heróicos" para manter vivo um paciente são, do meu ponto de vista, uma violência ao princípio da "reverência pela vida". Porque, se os médicos dessem ouvidos ao pedido que a vida está fazendo, eles a ouviriam dizer: "Liberta-me".Comovi-me com o drama do jovem francês Vincent Humbert, de 22 anos, há três anos cego, surdo, mudo, tetraplégico, vítima de um acidente automobilístico. Comunicava-se por meio do único dedo que podia movimentar. E foi assim que escreveu um livro em que dizia: "Morri em 24 de setembro de 2000. Desde aquele dia, eu não vivo. Fazem-me viver. Para quem, para que, eu não sei...". Implorava que lhe dessem o direito de morrer. Como as autoridades, movidas pelo costume e pelas leis, se recusassem, sua mãe realizou seu desejo. A morte o libertou do sofrimento.Dizem as escrituras sagradas: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. Cheguei a sugerir uma nova especialidade médica, simétrica à obstetrícia: a "morienterapia", o cuidado com os que estão morrendo. A missão da morienterapia seria cuidar da vida que se prepara para partir. Cuidar para que ela seja mansa, sem dores e cercada de amigos, longe de UTIs. Já encontrei a padroeira para essa nova especialidade: a "Pietà" de Michelangelo, com o Cristo morto nos seus braços. Nos braços daquela mãe o morrer deixa de causar medo.
Texto publicado no jornal “Folha de São Paulo”, Caderno “Sinapse” do dia 12/10/03. fls 3.


Rubem Alves: tudo sobre o autor e sua obra em "Biografias".Visitem "A casa de Rubem Alves".







1º Leia com calma e atentamente aos textos desse módulo;
2º Utilizando as informções que você adquiriu ao longo de sua leitura, responda:
O que faz do ser humano, HUMANO?
OBS: VOCÊ DEVERÁ RESPONDER COM SUAS PRÓPRIAS PALAVRAS EM UM TEXTO DE NO MÍNIMO 5 E NO MÁXIMO 10 LINHAS.




Guarulhos, 27 de abril de 2010.



A compaixão; o sentimento; o conhecimento; a paciência; nossos modos e nossa cultura; nossos deveres perante o mundo que vivemos; nossa compreensão perante os fatos; o medo de agir para não nos arriscar e conhecer o que não devemos saber; a tristeza e a derrota, que nos torna tão impotentes e ao mesmo tempo poderosos; a consciência de que somos simples mortais e que o único ser que deve e que sempre será eterno é o nosso Deus, criador de toda existência.
Nosso principal dever como HUMANOS, é trazer vida aonde não existe, manifestar o amor e perceber que nosso valor nesse lugar, por mais que dure um tempo curto, pode ser intenso e duradouro para todo o sempre se atuarmos em prol da humanidade. Não precisamos temer a morte se agimos corretamente, porque ela faz parte de nós e isso é irreversível.




Tamara Rubio Pauletto